“A administração mantém uma proposta muito baixa, de 1,3 por cento nos salários, e recusa-se a atribuir o prémio em função dos enormes lucros que teve”, disse à Lusa o coordenador da comissão Sindical Negociadora da Galp, Armando Farias.
“A empresa teve 213 milhões de euros de lucros em 2009, confirmou que vai fazer distribuição de lucros aos acionistas, mas em relação aos trabalhadores, que afinal são aqueles que produzem esta enorme riqueza, recusa-se a fazer a distribuição de qualquer valor”, acrescentou.
O dirigente sindical afeto à CGTP considerou “incompreensível e intolerável” que uma empresa com lucros queira reduzir o poder de compra real dos trabalhadores e recusar-lhes a atribuição de um prémio de resultados.
“Isto insere-se num contexto mais geral, que tem vindo a ser denunciado, que é o facto de os grandes grupos económicos cada vez quererem ter mais e mais à custa da exploração dos trabalhadores”, denunciou Armando Farias.
Na sequência das posições tomadas pela administração da Galp, os trabalhadores reúnem-se hoje, em Sines, na quarta-feira no Porto e na sexta-feira em Lisboa, para definirem os contornos de uma eventual paralisação.
Além do plenário marcado para hoje às 13:00, na refinaria de Sines, estão marcadas mais duas reuniões magnas dos trabalhadores: para as 14:00 de quarta-feira, na Refinaria do Porto, e para sexta-feira, pelas 10:30, na Torre C da Galp, em Lisboa.
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