O secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, defendeu hoje, sexta-feira, que a aprovação do Programa de Estabilidade e Crescimento vai marcar "o início" de uma "mobilização crescente" dos trabalhadores.
"Agora que vamos entrar numa fase mobilização crescente dos trabalhadores e da sociedade portuguesa, esse é um facto. Nós dissemos ao primeiro ministro que a aprovação do PEC não é o encerramento de um ciclo, é o início", afirmou Carvalho da Silva.
O secretário-geral da CGTP falava aos jornalistas no final de uma manifestação de jovens trabalhadores, que decorreu em Lisboa.
Tal como fez no seu discurso perante os manifestantes, frente à Assembleia da República, o líder daquela central sindical apelou aos trabalhadores para recusarem "a ideia de que os desempregados e os pobres" são "os malandros do país".
"Aqueles que estão a criar dificuldades são os que se apoderam da riqueza que devia ser distribuída", defendeu.
"Não somos descartáveis", "quem luta sempre alcança" e "Estabilidade laboral, salários e horários dignos" foram alguns dos "slogans" exibidos em cartazes ou faixas pelos manifestantes, desempregados, trabalhadores e estudantes, jovens e menos jovens, vindos de vários pontos do país.
"À passagem da manifestação pelo Largo do Calhariz, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, cumprimentou alguns dos trabalhadores, deixando um "apelo à insubmissão" e críticas ao PEC.
"Este PEC não apresenta uma perspetiva de futuro", considerou, destacando "o congelamento de salários, a manutenção da taxa de desemprego nos 10 por cento e o aumento da precariedade".
No final da manifestação, foi aprovada uma moção da Organização de jovens trabalhadores da CGTP-IN a condenar a aprovação pelo Governo do PEC, que classificam como "programa de exploração continuado" que "agrava e destrói os serviços públicos, não dinamiza a economia e não promove o emprego".
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1529356
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