«O desemprego aumenta e tem tendência para continuar a subir nos próximos tempos, pese embora a limpeza de ficheiros que o IEFP continuamente vem fazendo» - comentou a CGTP-IN, a propósito dos números divulgados na semana passada, relativos a Fevereiro. A central assinala que os inscritos nos centros de emprego são mais de 561 mil, «o valor mais alto de sempre», e «todos os indicadores relevantes registam um crescimento, quando se compara com o mês homólogo». Quanto à «estagnação do desemprego, que vem sendo anunciada por representantes do Governo desde Junho de 2009», ela «traduziu-se até agora em mais 71 mil desempregados».
«Inadmissível e de uma insensibilidade social gritante» é a proposta do Governo para diminuir a relação entre o subsídio de desemprego e a última remuneração auferida pelo desempregado, e para reduzir o salário que obriga à aceitação do novo emprego. Desta forma, acusa a central, é alterado o conceito de emprego conveniente e é fomentada a generalização do trabalho mal pago e precário.
Não é por acaso que o IEFP recusa divulgar os motivos de anulação das inscrições nos centros de emprego, lembrando a Intersindical que dados do próprio Instituto, referentes a Junho de 2008 (já a actual legislação estava em vigor havia mais de um ano) «demonstram que as recusas de emprego conveniente apenas representavam 0,26 por cento das anulações». Para a CGTP, «não faz qualquer sentido» o argumento do Governo de que há ofertas de emprego por satisfazer porque os desempregados não são obrigados a aceitá-las, até porque «se todas as ofertas de emprego disponíveis nos centros de emprego fossem satisfeitas, o desemprego registado apenas diminuiria em 18 340 pessoas, o que corresponde a três por cento do desemprego que o IEFP contabiliza».
http://www.avante.pt/noticia.asp?id=33012&area=4
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25/03/2010
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