Centenas de familiares das cerca de 2000 vítimas mortais de 4 fábricas de amianto em Itália convergiram esta segunda-feira para Turim.
A cidade italiana assistiu à primeira audiência preliminar do caso da Eternit, a multinacional que se pode vir a sentar-se no banco dos réus, acusada de não ter tomado as medidas de segurança adequadas para proteger a saúde dos trabalhadores e das populações que viviam nas imediações das fábricas.
Um homem que perdeu um irmão, vítima de cancro, diz que foi a Turim para mostrar a raiva que os familiares sentem.
Numa tentativa de evitar que o caso vá a julgamento, a multinacional começou agora a oferecer uma indemnização de 60 mil euros por cada vítima mortal e tendo em conta a lentidão da justiça em Itália, não é de espantar que muitas famílias aceitem o acordo e retirem a queixa evitando que o milionário suíço Stephan Schmidheiny e o belga Jean-Louis de Cartier se tenham de sentar no banco dos réus.
A Eternit, líder mundial da produção de fibrocimento é alvo de processos noutros países, como o Brasil, a Nicarágua ou na África do Sul pela utilização de amianto, um material muito em voga entre a década de 50 e o final da década de 70 até se descobrir que é cancerígeno.
Euronews - 07.04.09
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