Os sindicatos franceses, empurrados por um grande nível de mobilização das suas bases, favorecem a continuação dos protestos contra o projecto de reformas, indicou hoje à imprensa o secretário-geral da CGT, Bernard Thibault.
Instalações petrolíferas em todo o país continuam a ser alvo de acções intermitentes dos grevistas e 14 depósitos de combustível continuam bloqueados, apesar das intervenções das forças de segurança, que têm ordens do Presidente da República francês, Nicolas Sarkozy, para impedir “a paralisia da economia francesa”.
O aeroporto de Marselha esteve hoje bloqueado durante algumas horas e as 12 refinarias francesas continuam em greve por tempo indeterminado. A situação continua perturbada no abastecimento de combustível, com 3.200 estações de serviço encerradas, de um total de 12.300 postos em toda a França.
As declarações do líder da CGT surgem num dia crucial para o braço de ferro entre sindicatos e Governo, uma vez que a CGT e a CFDT marcaram para hoje uma reunião intersindical para decidir a estratégia a adoptar após a votação do projecto de reformas no Senado, prevista para hoje à noite.
A votação no Senado foi sucessivamente adiada, o que suscitou críticas directas do secretário-geral da Presidência Francesa, Claude Guéant, na quarta-feira. Após três semanas de debate em torno do projecto e de centenas de emendas ao texto aprovado na Assembleia Nacional, a oposição no Senado procura atrasar o momento decisivo através do uso de interpelações e declarações de voto, num ambiente de grande tensão.
O final de semana é também decisivo porque na sexta-feira as escolas francesas encerram para as férias intercalares de Todos-os-Santos, o que poderá ter impacto no nível de mobilização dos estudantes do ensino secundário e universitário.
Os estudantes juntaram-se ao movimento social que contesta o novo regime de reformas, levando na prática ao encerramento de cerca de 400 liceus em todo o país e de, pelo menos, quatro universidades, devido ao bloqueio de instalações e, em vários pontos do país, a confrontos com a polícia.
O centro de Lyon (leste), que foi nos últimos dias palco de batalhas de rua entre grupos de jovens e a polícia, está hoje vigiado por unidades especiais das forças de segurança, que filtram o acesso às zonas comerciais e montaram um dispositivo anti-motim que inclui canhões de água e veículos blindados.
http://www.oje.pt/noticias/internacional/sindicatos-favorecem-continuacao-de-protestos-em-franca
“Esperamos mais umas jornadas em força na próxima semana”, declarou hoje Bernard Thibault, indicando que as centrais sindicais não abrem mão da mobilização conseguida nas últimas semanas com sucessivas manifestações por todo o país, além das greves e bloqueios que atingem sectores vitais.
Instalações petrolíferas em todo o país continuam a ser alvo de acções intermitentes dos grevistas e 14 depósitos de combustível continuam bloqueados, apesar das intervenções das forças de segurança, que têm ordens do Presidente da República francês, Nicolas Sarkozy, para impedir “a paralisia da economia francesa”.
O aeroporto de Marselha esteve hoje bloqueado durante algumas horas e as 12 refinarias francesas continuam em greve por tempo indeterminado. A situação continua perturbada no abastecimento de combustível, com 3.200 estações de serviço encerradas, de um total de 12.300 postos em toda a França.
As declarações do líder da CGT surgem num dia crucial para o braço de ferro entre sindicatos e Governo, uma vez que a CGT e a CFDT marcaram para hoje uma reunião intersindical para decidir a estratégia a adoptar após a votação do projecto de reformas no Senado, prevista para hoje à noite.
A votação no Senado foi sucessivamente adiada, o que suscitou críticas directas do secretário-geral da Presidência Francesa, Claude Guéant, na quarta-feira. Após três semanas de debate em torno do projecto e de centenas de emendas ao texto aprovado na Assembleia Nacional, a oposição no Senado procura atrasar o momento decisivo através do uso de interpelações e declarações de voto, num ambiente de grande tensão.
O final de semana é também decisivo porque na sexta-feira as escolas francesas encerram para as férias intercalares de Todos-os-Santos, o que poderá ter impacto no nível de mobilização dos estudantes do ensino secundário e universitário.
Os estudantes juntaram-se ao movimento social que contesta o novo regime de reformas, levando na prática ao encerramento de cerca de 400 liceus em todo o país e de, pelo menos, quatro universidades, devido ao bloqueio de instalações e, em vários pontos do país, a confrontos com a polícia.
O centro de Lyon (leste), que foi nos últimos dias palco de batalhas de rua entre grupos de jovens e a polícia, está hoje vigiado por unidades especiais das forças de segurança, que filtram o acesso às zonas comerciais e montaram um dispositivo anti-motim que inclui canhões de água e veículos blindados.
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