A população da Quinta do Conde, em Sesimbra, saiu ontem à rua para protestar contra a paragem, desde Outubro de 2009, das obras do novo centro de saúde. Segundo a comissão de utentes, o actual centro de atendimento não tem condições nem capacidade de resposta para os mais de 30 mil habitantes. Destes, 22 mil não têm médico de família.
"O actual centro é um pré-fabricado. O telhado é de placas de lusalite de amianto, as que provocam cancro, o revestimento de corticite está todo a cair, não se pode ligar um ar condicionado porque o quadro da electricidade dispara, com uma ventoinha, a corticite voa toda e no Inverno é só humidade", acusa Fernando Patrício, presidente da comissão de utentes. Todos os meses é organizado um protesto com o objectivo de pressionar as autoridades de saúde a recomeçarem as obras do novo centro. Ontem, milhares de postais foram endereçados à ministra Ana Jorge, a exigir o recomeço das obras.
A 13 de Outubro de 2009, a construção do centro de saúde parou devido à falência do empreiteiro. Em Março, a tutela disse à Câmara de Sesimbra que o processo estaria no Tribunal de Contas, mas o mesmo só deu entrada em Setembro.
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/saude/22-mil-sem-medico-de-familia













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