A CGT, uma das principais centrais sindicais francesas, afirmou que 3,5 milhões de pessoas protestaram hoje em todo o país contra a reforma do sistema de aposentações, enquanto a polícia contabiliza 1,1 milhões de manifestantes.
Esta sexta jornada nacional de protesto conseguiu quase igualar a mobilização recorde do passado dia 12 de Outubro: 1,2 milhões de pessoas, segundo a polícia, e 3,5 milhões, de acordo com os sindicatos.
Entre os sectores mais afectados destaque para o tráfego aéreo, que foi hoje fortemente perturbado por uma greve dos controladores aéreos.
Metade dos voos previstos para hoje em Paris-Orly e cerca de 30 por cento nos outros aeroportos franceses foram anulados, segundo as autoridades aeroportuárias.
O braço de ferro entre os sindicatos e o Governo francês foi igualmente marcado pela falta de combustível em 2500 postos de abastecimento.
O dia de protesto foi ainda marcado com confrontos entre as forças de segurança e estudantes, nos arredores da capital francesa.
Algumas centenas de jovens e quase o mesmo número de polícias juntaram-se hoje em Nanterre, nos subúrbios de Paris, num liceu que estava fechado devido aos distúrbios ali registados na véspera.
Os jovens começaram a atirar pedras a partir de uma ponte e a polícia respondeu com granadas de gás lacrimogéneo e isolou a área.
O novo regime, que aumenta a idade de reforma plena de 65 para 67 anos, qualquer que tenha sido o tempo de descontos, foi aprovado pela Assembleia Nacional a 15 de Setembro e vai ser votado pelo Senado "na quinta-feira à noite", segundo o último anúncio, após dois adiamentos, o que suscita interrogações sobre a continuação dos protestos e das greves.
A mesma reforma altera a idade mínima para aceder ao regime pensionista, de 60 para 62 anos.













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