Nos últimos três anos foi impossível honrar o compromisso do governo moçambicano com o FMI de aumentar os preços dos bens essenciais.
A explicação para este facto é dada por Edward George à Agência Lusa. O economista da Intelligence Economist Unit lembra que os confrontos que há cerca de dois anos provocaram mortos nas ruas travaram, por exemplo a tentativa do aumento de preços em diversas empresas de transporte de Maputo.
O economista responsável pelo departamento deste organismo em África afirma que não houve até agora uma boa oportunidade para inflacionar o preço dos bens em Moçambique, mas acredita que desta vez não há alternativa.
O governo parece confiante em manter os aumentos. Edward George acredita que o desafio vai ser difícil daqui para a frente uma vez que os protestos não devem parar.
Uma das soluções até poderia ser copiar o Brasil e transportar para Moçambique o programa «fome zero», mas o economista lembra que as dificuldades seriam muitas porque o Governo não tem sequer dados concretos da real situação económica das famílias.
Importantes para já são as negociações entre o governo e os sindicatos que podem culminar num conjunto de medidas que possa aliviar o impacto dos aumentos dos preços sobre os moçambicanos mais pobres.
Perante a actual situação no país a economia moçambicana deve continuar dependente dos apoios internacionais apesar do crescimento que se tem verificado nos últimos 15 anos. Para este especialista em matérias económicas o caminho a seguir é a aposta nos recursos naturais que o país tem como a água, o gás, carvão e biocombustíveis.
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Internacional/Interior.aspx?content_id=1655801
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