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07/09/2010

CGTP volta a defender aumento salarial de 3,5%

O secretário-geral da CGTP voltou hoje, terça-feira, a defender um aumento salarial de 3,5%, admitindo a possibilidade de novas formas de luta, caso o Governo prossiga as mesmas políticas.

"Se o Governo continuar com as mesmas políticas de destruição do emprego, se prosseguir com as políticas de fragilização dos vínculos laborais, tudo isso pode obrigar a lutas mais intensas por parte dos trabalhadores e da sociedade portuguesa", avisou Manuel Carvalho da Silva.

As declarações do responsável máximo da CGTP foram proferidas à margem de uma acção de protesto que decorreu esta manhã, na estação fluvial do Cais de Sodré, em Lisboa. À saída das embarcações que fazem a ligação entre Lisboa e Cacilhas, os passageiros que se dirigiam para os respectivos empregos eram confrontados com alguns elementos da CGTP, que lhes estendiam pequenos panfletos que enumeravam alguns dos principais problemas da sociedade portuguesa, como o desemprego, a corrupção, os baixos salários ou os cortes nos apoios sociais.

A acção, que integra um protesto mundial do movimento sindical, destina-se a "denunciar as causas e responsáveis" pela actual crise e "alertar as pessoas" para a necessidade de unirem esforços. "É preciso alertar os cidadãos e mobilizá-los para os bloqueios em que o país se encontra", justificou o sindicalista num intervalo da acção, considerando "imperativo" que a mudança se inicie com o aumento salarial, já no próximo ano.

Recordando que as previsões do Governo apontam para uma inflação de 2% e para um aumento da produtividade de 1,4%, Carvalho da Silva alerta: "Se em 2011 não houver um aumento dos salários de 3,5%, a distribuição da riqueza irá agravar-se".

Aos jornalistas, o secretário-geral da CGTP lembrou ainda que a Intersindical marcou para o próximo dia 29 de Setembro uma jornada de luta contra o desemprego e em defesa da melhoria do emprego e dos salários.

Nesse dia, as paralisações, greves e manifestações nacionais irão decorrer em Lisboa e no Porto, tendo Carvalho da Silva frisado que a saída da crise irá "necessitar dos portugueses". "A saída dos bloqueios, da crise, não acontece por um toque de varinha de condão ou de milagre. Vai necessitar da ajuda de todos nós", concluiu.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1656923

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