CGTP vai promover acção de luta se salário mínimo não subir para 500 euros em 2011

O secretário geral da CGTP garantiu hoje que vai mobilizar o movimento sindical para uma ação de luta concertada caso o Salário Mínimo Nacional (SMN) não seja fixado nos 500 euros em 2001, conforme está acordado.

"Desencadearemos uma forte ação concertada de todos os sindicatos para mobilizar os trabalhadores para obrigar ao cumprimento do Acordo que prevê que o SMN seja de 500 euros em 2011", disse Manuel Carvalho da Silva no final de um encontro de dirigentes sindicais sobre contratação coletiva.

Carvalho da Silva referiu o acordo de concertação social sobre o SMN, celebrado em 2006, para criticar "as campanhas que andam para aí" para que ele não se concretize.

"Podemos discutir alguns conteúdos do acordo, porque há coisas que não foram feitas mas nem pensem em não cumprir o compromisso dos 500 euros em 2011", afirmou o sindicalista perante cerca de centena e meia de dirigentes que participaram na reflexão sobre contratação coletiva.

O líder da Intersindical considerou o encontro particularmente importante tendo em conta a aproximação da discussão do Orçamento do Estado, a discussão do Pacto para o Emprego em curso e a jornada de luta de dia 29.
O sindicalista defendeu a necessidade de medidas de combate ao desemprego, à precariedade e à pobreza e de promoção do emprego.

"Para isso é preciso que os salários cresçam, para dinamizar a economia, assegurar uma melhor distribuição da riqueza e combater a pobreza", afirmou.

De acordo com um documento que serviu de base à reflexão feita pelos sindicalistas da CGTP, em 2010 (até julho) foram publicadas 168 convenções coletivas de trabalho, menos duas que em igual período de 2009.

O aumento salarial médio resultantes destas convenções foi de 2,4 por cento.

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