As escolas privadas continuam a ser procuradas, mas pelos mais ricos.

Com a crise global, que tarda a passar, e o desemprego a atingir máximos históricos, as famílias portuguesas de classe média estão a ter cada vez mais dificuldades em suportar as despesas com a educação dos filhos. Essa realidade é sentida sobretudo por quem tem de pagar todos os meses a factura de um estabelecimento de ensino privado. O sector, que vê a "fila de espera a reduzir", continua, ainda assim, com todas as vagas ocupadas.

"Não existe um problema de ausência de procura. Existem, sim, maiores dificuldades por parte das famílias em manter os filhos no ensino privado até ao fim do seu percurso académico, e um fenómeno de diminuição das listas de espera" na altura das inscrições, explica Rodrigo Queiroz e Melo, presidente da Associação dos Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo. Além disso, também a classe social dos estudantes "mudou um pedaço", havendo cada vez mais alunos da classe média alta e alta.

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