Eugénio Rosa
"Face à nova escalada de aumentos dos preços dos combustíveis em Portugal assistiu-se, nos últimos dias, a uma tentativa de manipulação da opinião pública, procurando naturalizar, ou seja, tornar normal e aceitável pela população, as subidas cada vez mais frequentes dos preços dos combustíveis. Para isso, começou-se por procurar associar esses aumentos não só à subida do preço do petróleo no mercado internacional, como isso se verificasse apenas para Portugal, como também ao aumento da carga fiscal, como isso se tivesse registado nos últimos dias. Mais recentemente apareceu, como por acaso, um estudo mandado fazer pela Galp ao ex-ministro da economia Augusto Mateus, que defendia que “no gasóleo e na gasolina, o que se encontra é uma correlação estreitíssima entre Portugal e os outros países”, portanto o aumento de preços em Portugal seria normal; e que a Autoridade da Concorrência deve ter “uma regulação estratégica” portanto, não devia nem interferir nem controlar a fixação dos preços aos consumidores em Portugal. Era a “música celestial” que tanto as petrolíferas, como a Autoridade da Concorrência, como o próprio governo, gostaram de ouvir para tudo pudesse continuar na mesma.. E segundo o semanário SOL, na sua edição online de 20.3.2010, “o estudo apontou para a inexistência de concertação de preços entre as petrolíferas, justificando as subidas com as cotações internacionais dos produtos refinados”. À “boleia” desse estudo mandado fazer e naturalmente pago pela Galp, o citado ex-ministro fez declarações aos grandes órgãos de comunicação social, nomeadamente à TV, no mesmo sentido." - A TENTATIVA DE MANIPULAÇÃO DA OPINIÃO PÚBLICA SOBRE OS PREÇOS DOS COMBUSTIVEIS
http://www.eugeniorosa.com/default.aspx?Page=1050
À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.
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