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18/03/2010

CGTP desmente estagnação do desemprego

A CGTP acusa o Governo de ser insensível para com os desempregados e contrariou a interpretação do Instituto de Emprego e Formação Profissional, que classificou o aumento do desemprego em 0,2 por cento, em Fevereiro, como "estagnação".

"O que se verifica aqui não é uma situação de estagnação. O desemprego continua a aumentar e esta subida de 0,2 por cento não contabiliza os estágios e formações profissionais não remunerados. Esta subida junta-se às subidas anteriores", sublinhou um dos representantes da CGTP-IN, Arménio Carlos, numa reação aos dados divulgados pelo IEFP sobre o número de desempregados inscritos nos centros de emprego de Portugal.

Na nota divulgada pelo IEFP, a entidade refere que o número de desempregados inscritos aumentou 0,2 por cento em Fevereiro face a Janeiro, uma situação que representa uma subida da 19,6 por cento quando comparada com idêntico período de 2009.

"Os valores não correspondem à realidade que temos. O desemprego é superior e os índices de protecção social a estas pessoas são insuficientes", frisou Arménio Carlos, referindo-se às alterações no âmbito da atribuição e cessação do subsídio de desemprego, medidas incluídas no Programa de Estabilidade e Crescimento(PEC).

Neste contexto, o dirigente da CGTP-IN acusa o Executivo socialista de "estar constantemente a dizer que o desemprego está a baixar", situação que "demonstra uma imensa insensibilidade".

"Na proposta que anunciou, mas que não apresentou aos parceiros sociais, o Governo tem como objectivo atacar os direitos dos desempregados e obrigá-los a aceitar trabalhos mal remunerados", acrescentou o representante da CGTP-IN.

Segundo a proposta do PEC elaborada pelo Governo, os trabalhadores que estejam há sete meses no desemprego serão obrigados a aceitar propostas laborais que garantam um salário ilíquido igual ou superior a 10 por cento ao subsídio que estão a receber.

Caso a situação de desemprego dure há seis meses e o empregado esteja a receber o subsídio, o trabalhador terá de aceitar propostas cuja retribuição ilíquida seja igual ou 25 por cento superior ao valor da prestação.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1522200

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