O SNTSF/CGTP-IN avançou com pré-avisos para a greve de dia 23, em todo o sector ferroviário, depois de a administração da EMEF ter voltado a propor o congelamento de salários recomendado pelo Governo.
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário avançou com o pré-aviso na EMEF, para a greve de dia 23, em todo o sector ferroviário, depois de, na reunião de dia 15, com a administração, esta ter «seguido as posições da REFER, de acordo com as instruções recebidas da CP», que não prevêem qualquer aumento salarial ou remuneratório para este ano, impondo um congelamento salarial que pretendem prolongar até 2013.
«Quanto ao Regulamento de Carreiras, não haverá evolução nas matérias que impliquem aumento de custos, o que faz com que a negociação venha à estaca zero», revelou o SNTSF/CGTP-IN, num comunicado emitido após aquela reunião.
A única matéria sobre a qual houve algum progresso, por parte da administração da EMEF, foi a respeitante ao tempo cedido para tratar de assuntos pessoais e se poder ir receber a remuneração, concessão que ficou estipulada em 28 horas por ano.
No dia 12 de Fevereiro, a administração da REFER tinha mantido total indisponibilidade para negociar com o sindicato sobre salários e remunerações, e justificado aquela posição com «ordens do Governo, que parecem não ser iguais em todas as empresas públicas, já que na TAP, CGD e na REN foram aplicados aumentos de salários», acusou o SNTSF, num comunicado emitido no mesmo dia e onde anunciava o agendamento da greve de dia 23.
«O problema não é falta de dinheiro, mas sim a sua distribuição», considerou o sindicato.
No mesmo comunicado, o SNTSF/CGTP-IN também alertou para o comportamento de «outras organizações sindicais» por, na mesma reunião, terem primado por um «discurso muito convergente com o representante da REFER, o que denota trabalho político já feito, procurando-se, agora, fazer crer que os trabalhadores têm, mais uma vez, que fazer sacrifícios, quando se verifica o aumento das grandes fortunas, ou seja, dos mesmos que lançaram o País na crise».
Dois dias na Metro do Porto
Na S2M, o sindicato enviou um ofício, dia 15, ao Governo, à administração da Metro do Porto, à Comissão Parlamentar das Obras Públicas, Transportes e Comunicações e aos grupos parlamentares, onde explica os motivos que levaram os trabalhadores a convocar a greve de dois dias, para próximos dias 22 e 23.
Lembrando que esta empresa tem a seu cargo a manutenção e conservação da infraestrutura do Metro do Porto, e cerca de 30 trabalhadores ao seu serviço, desde 2005, o SNTSF salienta que na recente concessão feita à Barraqueiro, «não foram tidos em conta os postos de trabalho que, neste momento, se encontram numa situação de indefinição».
A concessão foi assinada, mesmo depois de o sindicato ter avançado com uma providência cautelar e alertado, mais recentemente, o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, sem que tenha obtido qualquer resposta, recordou o SNTSF/CGTP-IN, responsabilizando o Governo e a administração da Metro do Porto por esta luta, ao «terem secundarizado a vida e o futuro de cerca de três dezenas de trabalhadores».
http://www.avante.pt/noticia.asp?id=32911&area=4
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