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16/03/2010

CGTP discorda de obrigatoriedade de desempregados terem de aceitar ofertas de emprego

A CGTP diz que não concorda com a ideia de que os que recebem subsídio de desemprego há mais de sete meses têm de aceitar uma oferta de emprego com renuneração igual ou dez por cento acima do que recebem da Segurança Social.

As centrais sindicais não vêem com bons olhos as alterações ao subsídio de desemprego que prevêem que os trabalhadores com sete ou mais meses sejam obrigados a aceitar uma proposta de trabalho com remuneração igual ao dez por cento superior ao que recebiam da Segurança Social.

Apesar de não ter conhecimento oficial destas mudanças previstas no Programa de Estabilidade e Crescimento, a CGTP avisou que não pode concordar o princípio que norteia esta proposta do Governo.

«Não podemos aceitar de maneira nenhuma uma desvalorização do trabalho. Queremos que as pessoas desempregadas sejam incluídas no mercado de trabalho e que se respeite as pessoas e se ajude nas suas qualificações e à sua inclusão, mas com dignidade», afirmou Maria do Carmo Tavares.

No Fórum TSF, esta dirigente da CGTP diz que não se resolve problema nenhum «a pôr as pessoas a aceitar de qualquer maneira um emprego a um preço que depois tem consequência sobre o mundo laboral em geral», pois as «entidades patronais querem baixar os salários dos trabalhadores».

Por seu lado, a vice-secretária-geral da UGT diz que a sua central sindical está disponível para discutir com o Governo eventuais alterações às regras do subsídio de desemprego, mas lembra que essas alterações têm de garantir a justiça social.

Paula Bernardo notou também que este tipo de medidas «vão ter impactos negativos para a generalidade dos desempregados e trabalhadores» e pediu mais atenção para os «desempregados que já hoje recebem rendimentos mais baixos e se encontram em situações complexas».

«Nesse sentido, entendemos que alterações que venham a ser introduzidas no sentido daquilo que o Governo aponta devem, nomeadamente, permitir que as pessoas sejam enquadradas em acções formativas e trabalhos socialmente úteis», adiantou.

Desta forma, defende esta dirigente da UGT, estas pessoas poderiam vir a «beneficiar de um complemento e de uma compensação retributiva por essa situação».

http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1520455

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