Um em cada três trabalhadores identificados numa campanha da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) estava em situação irregular ou com trabalho não declarado.
Ao todo, a ACT identificou 572 casos irregulares, entre falsos trabalhadores independentes, não declarados à Segurança Social ou que declararam salários abaixo da realidade.
«Um terço dos trabalhadores observados estar em situação irregular é manifestamente bastante», comentou o Inspector-geral do Trabalho da ACT, mostrando-se preocupado.
Os sectores da construção civil, hotelaria e restauração, contabilidade, cabeleireiros e segurança privada foram os principais alvos desta inspecção, que decorreu entre 14 e 18 de Fevereiro em mais de 600 locais.
José Luís Forte garantiu que foram retiradas consequências das ilegalidades encontradas. «Foram levantados autos de notícias, foram aplicadas as coimas respectivas e foram desenvolvidas práticas» no sentido de «particularmente» os trabalhadores a falsos recibos verdes «passassem a contratos de trabalho por tempo indeterminado», disse.
O Inspector-geral da ACT receia que estes casos possam aumentar, com a actual situação do país. «O registo é de preocupação, não no sentido de drama, mas no sentido de pensar permanentemente que todo o trabalho que fazemos é pouco em prol da melhoria das condições de trabalho», confessou.
Apesar desta reflexão, José Luís Forte está convencido de que os meios da ACT são suficientes para detectar os casos que tentam escapar à lei.
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