"A decisão de avançarmos com um pré-aviso de greve para o próximo dia 1 de Maio vem da necessidade de os trabalhadores que eventualmente vejam a ser escalados pelas empresas para trabalhar poderem respeitar um dia de grande significado para os trabalhadores em todo o mundo e, em particular, em Portugal", avançou o dirigente sindical Manuel Feliciano.
"Nomeadamente no sector da grande distribuição, tem-se vindo a assistir nos últimos tempos a um carregar de situações que pretendem por em causa direitos há muitos anos consagrados, como o descanso em dias feriados", acrescentou.
Segundo o dirigente do CESP, a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuições (APED) "teve uma reunião 'secreta' com as grandes cadeias de distribuição e decidiu avançar com a abertura [dos hipermercados] no dia 1 de Maio".
Uma decisão que Manuel Feliciano considera um "ataque selvagem quer à história, quer à cultura, quer aos símbolos nacionais" feita "a pretexto da crise e das vendas".
Por isso e porque a partir deste ano, as grandes superfícies podem abrir todo o dia mesmo aos domingos e feriados, a CESP decidiu possibilitar aos trabalhadores darem "uma falta justificada e sem necessidade de ser comunicada" mesmo tendo como consequência o desconto do salário desse dia.
"É um feriado nacional e tem que ser respeitado", concluiu Manuel Feliciano.
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