João Ramos de Almeida
Ao longo dos anos, tem vindo a aumentar a diferença entre os números de desempregados inscritos nos centros de emprego e as estatísticas oficiais do desemprego, estimadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Os números divulgados ontem poderão ampliar esse hiato.
Caso se compare os valores para o desemprego desde 1996, torna-se patente essa conclusão. Uma tendência que, aliás, se tem acentuado desde o final de 2009. Os números não têm de ser iguais.
O nível do desemprego registado pelos centros de emprego é um valor que resulta das entradas de novos desempregados inscritos, mas que é atenuado pelas anulações feitas pelos seus serviços, fruto de acções de controlo, de reformas ou de políticas de emprego.
Já os números do INE - seguindo os critérios estatísticos comunitários - subavaliam o fenómeno do desemprego. Consideram apenas os que não trabalham na semana do inquérito mas que procuraram activamente emprego nesse período. Só por coincidência os valores seriam iguais entre si.
Mas se o nível de desemprego entre INE e IEFP não deve ser igual, as suas trajectórias não deveriam ser diferentes. Ora, quando se compara as variações homólogas das duas séries desde 1996, notam-se as diferenças. Os números do IEFP são tendências alisadas, sem picos. Quando os números do INE crescem, os do IEFP suavizam a tendência. Sobretudo antes de períodos eleitorais.
Mas menos suave tem sido a situação dos desempregados. Segundo os valores compilados pelos centros de emprego, de 2007 para os primeiros meses de 2011, a percentagem de desempregados que beneficiam de qualquer subsídio caiu de 65 para 53 por cento. E está a cair igualmente o número dos que, findo o subsídio o subsídio, recebem o subsídio social de desemprego e o subsequente. Por isso cresce a percentagem dos que nada recebem. Eram 160 mil no início de 2007. São 255 mil em 2011.
O nível do desemprego registado pelos centros de emprego é um valor que resulta das entradas de novos desempregados inscritos, mas que é atenuado pelas anulações feitas pelos seus serviços, fruto de acções de controlo, de reformas ou de políticas de emprego.
Já os números do INE - seguindo os critérios estatísticos comunitários - subavaliam o fenómeno do desemprego. Consideram apenas os que não trabalham na semana do inquérito mas que procuraram activamente emprego nesse período. Só por coincidência os valores seriam iguais entre si.
Mas se o nível de desemprego entre INE e IEFP não deve ser igual, as suas trajectórias não deveriam ser diferentes. Ora, quando se compara as variações homólogas das duas séries desde 1996, notam-se as diferenças. Os números do IEFP são tendências alisadas, sem picos. Quando os números do INE crescem, os do IEFP suavizam a tendência. Sobretudo antes de períodos eleitorais.
Mas menos suave tem sido a situação dos desempregados. Segundo os valores compilados pelos centros de emprego, de 2007 para os primeiros meses de 2011, a percentagem de desempregados que beneficiam de qualquer subsídio caiu de 65 para 53 por cento. E está a cair igualmente o número dos que, findo o subsídio o subsídio, recebem o subsídio social de desemprego e o subsequente. Por isso cresce a percentagem dos que nada recebem. Eram 160 mil no início de 2007. São 255 mil em 2011.
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