Os trabalhadores da CP, CP Carga, Refer e EMEF iniciam à meia-noite uma greve de 24 horas contra o congelamento dos salários que, segundo o sindicato, terá um "impacto significativo na circulação" dos comboios.
"Pensamos que vai ser uma greve com um impacto significativo na circulação", disse à Agência Lusa José Manuel Oliveira, coordenador do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF), que convocou a paralisação.
O coordenador do SNTSF explicou que a greve, que começa às 00.00 horas de terça feira, terá uma duração de 24 horas e vai "abranger todos os trabalhadores das empresas" CP - Comboios de Portugal, CP Carga, Refer - Rede Ferroviária Nacional e EMEF - Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário, "de norte a sul do país".
"Pelo que temos falado nas empresas, estamos confiantes de que vai haver uma boa adesão", disse José Manuel Oliveira.
O congelamento dos salários nas empresas do sector empresarial do Estado, recomendado pelo Governo, está na origem desta paralisação que, segundo o SNTSF, pode abranger um universo de 10 mil trabalhadores.
O sindicato critica o facto de alguns funcionários destas empresas terem recebido aumentos.
No caso da CP, "alguns trabalhadores" foram aumentados em 2,9 por cento, "com seis meses de retroactivos" e na Refer um quadro da empresa recebeu um prémio que, de acordo com a banda salarial existente, pode situar-se entre os 6.000 euros e 9.900 euros.
"Não podemos deixar de protestar perante estas generosidades, quando se impõem sacrificios a todos os outros trabalhadores", salienta o SNTSF.
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1525394
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