A pobreza é um fenómeno generalizado em Portugal segundo 88% dos portugueses, valor que se situa 15 pontos percentuais acima da média apurada para os países da União Europeia. Os quatro países nos quais a expressão percentual desta representação é mais elevada pertencem ao antigo bloco de leste – 96% dos húngaros entendem que a pobreza está generalizada no seu país. Apenas na Dinamarca, Chipre e Suécia é que a maioria da população nacional refere que a pobreza não está generalizada.
Por outro lado, 52% dos europeus apontam o elevado nível de desemprego como um de dois factores sociais que explicam a pobreza no seu país de origem; a mesma consideração é formulada para os salários relativamente baixos, para as prestações sociais/pensões insuficientes e para a habitação demasiado cara por 49%, 29% e 26% dos inquiridos, respectivamente.
Ao nível dos atributos pessoais, 37% dos europeus referem que as baixas qualificações são uma de duas razões que explicam a pobreza.
Os grupos sociais que mais europeus avaliam estar potencialmente em risco de pobreza é o dos desempregados (56%), idosos (41%) e a população pouco qualificada (31%).
Para além de considerar que o combate à pobreza implica uma rápida intervenção dos governos nacionais (89% dos respondentes concordam com esta afirmação), 53% da população inquirida defende que o poder executivo é o principal agente responsável para a diminuição deste fenómeno.
Observatório das Desigualdades - 28.10.09
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