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28/10/2009

Lacunas do Estado na resposta aos idosos que precisam de cuidados continuados

O Estado só consegue dar resposta a um terço dos 20 por cento de idosos que precisam de assistência permanente. A coordenadora da Rede de Cuidados Continuados realça em particular a falta de resposta especializada para doentes que sofrem de Alzeimer.

No Dia Mundial da Terceira Idade, um dos maiores problemas com que os idosos se confrontam é a falta de resposta quando necessitam de cuidados continuados.

O número de idosos nesta situação ascende aos 370 mil, ou seja, 20 por cento da população idosa.

Em declarações à TSF, Inês Guerreiro, coordenadora da Rede de Cuidados Continuados Integrados, diz que a rede só consegue dar resposta a um terço das necessidades, mas o objectivo é chegar aos 80 por cento destes casos nos próximos seis anos.

«Neste momento a rede tem apenas um terço do seu desenvolvimento, temos neste momento cerca de 4 mil de internamentos e cerca de 3 mil em cuidados domiciliários, o que é muito pouco», explica Inês Guerreiro.

A coordenadora da Rede de Cuidados Continuados Integrados salienta ainda que não existe uma resposta específica para doentes com Alzheimer, salientando que «temos muito que trabalhar nesta área».

Com o Estado sem capacidade de resposta crescem as listas de espera para um lugar na Rede de Cuidados Continuados.

Um problema que, como afirma Inês Guerreiro, ainda mais grave nas grandes cidades e que começa no momento que um idoso recebe alta de um hospital.

Madalena Holzer, coordenadora da equipa de gestão de altas no hospital de São João, no Porto, realça o exemplo dos idosos que têm de esperar cinco meses para conseguirem um lugar na rede de cuidados continuados.

TSF - 28.10.09

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