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09/07/2011

Crise financeira faz disparar taxas de suicídio

Com o desemprego a aumentar e com os salários a recuar, consequências da crise financeira, para muitos o suicídio é a única saída possível. De acordo com os resultados preliminares de estudo hoje publicado, as taxas de suicídio dispararam na Europa desde 2007 a 2009, com os aumentos mais dramáticos a registarem-se em países como a Grécia e a Irlanda.
Em sentido inverso, as mortes nas estradas europeias recuaram no mesmo período, já que muitos dos desempregados passaram a andar a pé ou de transportes públicos.
"Apesar de já estarmos a assistir a sinais de recuperação financeira, o que assistimos agora é a uma crise humana. Existe ainda um grande conjunto de pessoas a sofrer com a crise", afirmou o David Stuckler, sociólogo na Cambridge University, que participou na elaboração do estudo feito a dez países da União Europeia.
O estudo, publicado na revista Lancet, revela que "as consequências imediatas da crise financeira na saúde".
Stuckler afirmou à Reuters que os dados não permitem ainda estimar o número de mortes que estão ligadas à crise, mas que será uma das matérias a ser estudada no futuro.
"Queremos perceber porque é que algumas pessoas, comunidades e sociedades foram totalmente vulneráveis, enquanto que outras foram mais resistentes aos choques económicos", afirmou.
"Mas os dados já permitem perceber que os países mais afectados pela crise financeira, como a Grécia e a Irlanda, tiveram as taxas de suicídio mais altas", acrescentou. No país helénico a subida da taxa foi de 17% e de 13% na Irlanda.

http://www.dinheirovivo.pt/Mercados/Artigo/cieco006524.html;jsessionid=0s4bTYhWShqsvL2CM1CRkzjKrpssysYcsz56GDNyLlcWLKL585hX!-1239464374

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