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15/03/2011

Maior sindicato da PSP apela a concentração à porta de Sócrates

A Associação Sindical dos Profissionais da PSP marcou para estar terça-feira à tarde uma concentração de polícias à porta da residência oficial do primeiro-ministro para lhe entregar uma moção "reivindicativa" e insistir na demissão do ministro da Administração Interna.
Paulo Rodrigues, presidente da ASPP-PSP, explicou que o apelo ao protesto está a mobilizar "polícias de todo o país", que estão "revoltados, descontentes e desmotivados com uma situação que se arrasta há mais de um ano e que é ilegal", nomeadamente devido à não aplicação da parte remuneratória do estatuto profissional.
Antes da concentração vai realizar-se um Encontro Nacional de agentes da PSP, também em Lisboa, que conclui o ciclo de plenários iniciado a 1 de Fevereiro e que passou pelos distritos de todo o país e pela Madeira.
Segundo Paulo Rodrigues, os polícias protestam porque são "inaceitáveis as ilegalidades que se vivem na PSP, onde vigoram duas tabelas remuneratórias, uma delas revogada e por isso ilegal, que motivou já uma acção em tribunal por parte da ASPP.
Para o sindicalista, o estatuto profissional da PSP - que entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2010 - "gerou injustiças, desmotivação e conflitos internos" dentro da instituição.
"Tudo o que foi negativo entrou em vigor, aquilo que seria menos mau não entrou, nomadamente no que diz respeito à colocação do pessoal na nova tabela remuneratória", acrescentou.
O Ministério da Administração Interna (MAI) alega falta de dinheiro, argumento que não é aceite pelo sindicato, que denuncia "decisões despesistas".
A ASPP/PSP garante que os plenários distritais que promoveu legitimaram "o pedido de demissão do ministro da Administração Interna, uma vez que todas as moções apresentadas foram aprovadas por unanimidade".
"Os profissionais da PSP têm perfeita noção da incapacidade do MAI em dar respostas adequadas às necessidades da instituição, situação que levou o Ministério das Finanças a ignorar todos os recentes compromissos e decisões do Ministério", lê-se no documento hoje divulgado.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1806334&page=-1

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