O administrador judicial nomeado pelo Tribunal de Caminha aceitou o pedido de insolvência pedido pela administração da fábrica têxtil Regency, localizada há 20 anos em Vilarelho, Caminha, deixando no desemprego 173 trabalhadores a partir de hoje, sexta-feira, último dia de laboração.
Após uma reunião mantida, anteontem, entre o administrador judicial, Governo civil, câmara e trabalhadores "não foi apresentado qualquer plano de recuperação", esclareceu Pita Guerreiro, governador civil de Viana .
Assim sendo, caem por base boatos de cariz político-partidário que circularam no concelho nos últimos dias, informando haver um investidor interessado na fábrica, devendo agora aguardar--se pela reunião de credores, agendada para 23 de Fevereiro.
Pita Guerreiro referiu que, face às dívidas acumuladas, que se elevam a 3,2 milhões de euros, e com "custos operacionais permanentemente negativos", o administrador judicial não encontrou outra fórmula que não a insolvência.
A falta de encomendas de fatos para homem (a especialização da fábrica) e o desinvestimento em Portugal da multinacional Raynolds, que tutelava a Regency, terão contribuído para a crise que conduziu àquela situação, devendo, agora, os operários acolher-se ao apoio do subsídio de desemprego, enquanto o Instituto do Empreso vai "analisar as suas qualificações profissionais" de modo a poderem, eventualmente, ser colocados noutras unidades. Entretanto decorrerá o processo de falência, devendo os trabalhadores ser os primeiros credores a serem indemnizados após a venda dos bens imóveis, enquanto que "se procurará continuar a encontrar investidores para aquele espaço", garantiu o governador civil de Viana do Castelo.
http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Viana%20do%20Castelo&Concelho=Caminha&Option=Interior&content_id=1458813
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