As trinta maiores empresas alemãs cotadas em bolsa suprimiram mais de 116 mil postos de trabalho em 2009, 71 mil no estrangeiro e 45 mil na Alemanha, revelou hoje a edição electrónica do magazine Der Spiegel.
A maior redução ocorreu na seguradora Allianz, que emprega actualmente menos 21 mil trabalhadores do que no ano anterior, cerca de 30 por cento do total.
Esta situação ficou a dever-se, no entanto, à venda do Dresdner Bank, onde a Allianz detinha a maioria do capital, ao segundo maior banco privado alemão, o Commerzbank.
A segunda maior quebra de postos de trabalho nos grandes consórcios alemães, e a nível nacional, foi protagonizada pelo fabricante automóvel Daimler, que tem agora menos 4.200 empregados do que em 2008.
A seguir na lista nacional surgem o gigante do comércio a retalho Metro, (menos 3.800 empregos), a metalúrgica ThyssenKrupp (3.200) e a Siemens, maior consórcio industrial alemão(3.000).
A nível internacional, os cortes foram mais profundos, e só a Siemens prescindiu este ano de 20 mil empregados.
Logo a seguir na lista de despedimentos à escala internacional surgem a Deutsche Post, com 18 mil rescisões, e a Daimler, com 16 mil.
Mas houve também consórcios alemães que aumentaram consideravelmente o número de empregados em todo o mundo, no ano que está prestes a terminar.
A Deutsche Telekom conta agora com mais 32 mil empregados, e a companhia aérea Lufthansa tem mais 11 mil, por exemplo.
Apesar disso, o balanço dos 30 maiores consórcios germânicos em 2009 apresenta um saldo negativo de 18 mil empregos na Alemanha e de 20 mil empregos no estrangeiro.
Quanto às vendas, nos três primeiros trimestres de 2009 as mesmas empresas atingiram, em conjunto, 750 mil milhões de euros, menos 8,3 por cento do que em igual período do ano anterior.
Este valor não inclui os dois maiores bancos privados, o Deutsche Bank e o Commerzbank, que não contabilizam vendas no sentido clássico do termo.
A Volkswagen, maior fabricante europeu de automóveis registou o maior volume de vendas, com 77 mil milhões de euros nos três primeiros trimestres de 2009.
Percentualmente, os maiores aumentos de receitas em comparação com os primeiros nove meses de 2008 foram conseguidos pela Fresenius (mais 19 por cento) e pela Muenchener Rueck (mais 10 por cento).
As maiores perdas entre os grandes consórcios cotados no Dax registaram-se na Salzgitter (menos 38 por cento), K+S (menos 34 por cento) e na ThyssenKrupp (menos 24 por cento).
http://www.ionline.pt/conteudo/39431-alemanha-30-maiores-empresas-cotadas-em-bolsa-suprimiram-116-mil-empregos-em-2009
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