As Nações Unidas defenderam hoje, terça-feira, o "direito ao regresso" ao Saara Ocidental da activista Aminatou Haidar, há 23 dias em greve de fome no aeroporto espanhol de Lanzarote em protesto contra a sua expulsão de Marrocos.
"Apelamos ao direito de Aminatou de regressar ao seu país", declarou a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, durante uma conferência de imprensa em Genebra.
"Estou particularmente preocupada com o estado de saúde" de Aminatou Haidar, afirmou, acrescentando "esperar uma solução rápida".
Aminatou Haidar foi expulsa a 14 de Novembro do Saara Ocidental para a Espanha pelas autoridades marroquinas, que lhe confiscaram o seu passaporte marroquino quando esta regressava de uma viagem aos Estados Unidos.
Segundo as autoridades de Rabat, que se opõe categoricamente ao seu regresso, a activista terá recusado "cumprir as formalidades habituais da polícia e renunciou à sua nacionalidade marroquina" no aeroporto de El Layoune, a principal cidade do Saara Ocidental.
Por sua vez, Aminatou Haidar acusa Marrocos de ter "violado o Pacto dos direitos políticos e civis" das Nações Unidas, cujo artigo 12 estipula que "ninguém pode ser privado arbitrariamente de entrar no seu próprio país".
Nascida em 1967 em Layoune, Aminatu Haidar tem dois filhos e foi galardoada com o Prémio de Direitos Humanos Robert F. Kennedy, o austríaco Silver Rose Award e o Prémio de Direitos Humanos Juan María Bandrés, entre muitos outros.
O Saara Ocidental, ex-colónia espanhola, foi anexado por Marrocos em 1975.
J.N. - 08.12.09
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1 comentário:
Tema "Haidar".....¿"Patata caliente" para Zp?
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