No entender do secretário-geral da estrutura sindical, num contexto de crise como o que se vive actualmente, «é indispensável» a protecção do emprego e reforço da protecção social.
«Uma protecção social que tem de ser vista no contexto de valorização do trabalho e não uma protecção social numa lógica meramente existencialista que depois contamina as próprias politicas do emprego e dão ao emprego também uma noção de manutenção do emprego apenas para não provocar situações de ruptura e isto não chega», sustentou Manuel Carvalho da Silva.
O líder da CGTP-In falava aos jornalistas no final da audiência com o primeiro-ministro, José Sócrates, marcada para debater a preparação do Conselho Europeu que decorre a quinta e sexta-feira.
Neste contexto, Carvalho da Silva sublinhou que as decisões tomadas em torno do aumento do Salário Mínimo Nacional têm uma lógica existencialista.
«Não se coloca a actualização do salário mínimo apenas numa dimensão, que é importante, que é o combate à pobreza. Sim senhor, equacione-se o combate à pobreza mas integrado em políticas de protecção social que não sejam meramente existencialista», defendeu.
Por outro lado, acrescentou que o Salário Mínimo Nacional «tem de ser visto numa lógica de valorização do trabalho e não numa lógica que qualquer dia é também o Orçamento de Estado que ajuda as empresas a pagar o salário mínimo apenas para que as pessoas não vivam numa situação de miséria», criticou.
No final, questionado sobre os dados revelados esta manhã pelo Instituto Nacional de Estatística e que reviram em baixa o crescimento da economia nacional de 0,9 para 0,7 por cento no terceiro trimestre, Carvalho da Silva apontou que «falar de 0,7 por cento é falar de estagnação» e reforçou com isso a ideia da necessidade de mais protecção social.
TSF - 09.12.09
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