João Salgueiro - ex-Sub-Secretário de Estado da ditadura de Marcelo Caetano, ex-Presidente da Associação de Bancos Portugueses, ex-Vice-Governador do Banco de Portugal, ex-Presidente do CA da Caixa Geral de Depósitos
Luís Mira Amaral - ex-Ministro do Trabalho e Segurança Social, ex-Ministro da Indústria, ex-Presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos, ex-Administrador não-executivo da EDP, CIMPOR ou Repsol. CEO do Banco BIC-Portugal.
Ferraz da Costa - ex-Presidente da Confederação da Indústria Portuguesa.
Uma nova troika composta por João Salgueiro, Luís Mira Amaral e Ferraz da Costa (entre outros) apresenta ao país a ‘estratégia nua e crua de profundas alterações estruturais’. No documento apresentado pelo Fórum para a Competitividade é delineada a estratégia para as reformas e suas preocupações com o futuro. Vejamos assim os principais elementos para essa tão desejada competitividade:
- ‘Aumento do IVA para 25% para isentar as empresas das contribuições para a Segurança Social durante 5 anos’ - o poder de compra que os trabalhadores portugueses têm vindo a perder devido à retracção dos seus salários reais será usado de forma indireta para financiar a sua segurança social, isentando de vez as empresas de qualquer responsabilidade social. Resumindo, os trabalhadores responsabilizam-se por todos os custos de solidariedade e gestão do país, enquanto que os gestores e administradores se preocupam em distribuir a riqueza produzida e todo o tipo de dividendos associados. Um país cortado ao meio: dificuldades e responsabilidades para uns, negócio e lucros para uma minoria.
- "Mudar a atitude no trabalho" o documento aponta a nossa legislação como a "mais rígida do mundo em muitos aspectos, nomeadamente nos despedimentos". Este responsáveis ignoram do alto das suas posições sociais a realidade dos 2 milhões de pobres de Portugal. Ignoram os 350 mil trabalhadores que auferem o SMN de 485€. Ignoram 1,5 Milhões de pessoas que sobrevivem com uma pensão inferior ao SMN. Pretendem um cheque-em-branco para colonizar o país com as suas empresas e bancos. Mas foram eles os ex-ministros ou governantes, e atuais responsáveis por grandes empresas ou capital. Querem novas oportunidades para o lucro, a crise é a sua oportunidade.
- "Figura do despedimento individual por questões económicas com uma compensação de uma semana por ano de antiguidade e máximo de 24 semanas" - novo cheque-em-branco para o lucro. Poder despedir e ameaçar qualquer trabalhador em qualquer momento. Baixar assim os salários e evitar situações em que o salário de um novo emprego não é compensatório face ao subsídio de desemprego, "o que acontece principalmente nos salários entre 450 e 800 euros".
- "Limitação do direito à greve" - Mudar a Constituição para que ‘os trabalhadores’ sejam produtivos e competitivos. Um anseio antigo dos patrões e do poder económico em Portugal. Voltar ao tempo de Marcelo Caetano e da ditadura.
As propostas são assinadas por um grupo de quinze personalidades desde ex-ministros, a economistas e especialistas em áreas estratégicas como a fiscalidade e a saúde. Deixemos assim os seus nomes para que a memória futura não seja curta. Temos de lhes dar a resposta que merecem. Já no dia 1 de Maio, Domingo. Largo Camões em Lisboa ou Praça dos Poveiros no Porto, pelas 13h. Depois junta-mo-nos à manif da CGTP no Martim Moniz. Juntos com toda a força na rua.
Lista completa de subscritores: António Nogueira Leite, Carlos Pereira da Silva, Diogo Lucena, Isabel Saraiva, João Salgueiro, Luís Filipe Pereira, Luís Mira Amaral, Miguel Cadilhe, Miguel Gouveia, Nuno Sampayo Ribeiro, Pedro Ferraz da Costa, Pedro Pita barros, Pedro Portugal, Rui Diniz e Rui Vinhas da Silva.
Luís Mira Amaral - ex-Ministro do Trabalho e Segurança Social, ex-Ministro da Indústria, ex-Presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos, ex-Administrador não-executivo da EDP, CIMPOR ou Repsol. CEO do Banco BIC-Portugal.
Ferraz da Costa - ex-Presidente da Confederação da Indústria Portuguesa.
Uma nova troika composta por João Salgueiro, Luís Mira Amaral e Ferraz da Costa (entre outros) apresenta ao país a ‘estratégia nua e crua de profundas alterações estruturais’. No documento apresentado pelo Fórum para a Competitividade é delineada a estratégia para as reformas e suas preocupações com o futuro. Vejamos assim os principais elementos para essa tão desejada competitividade:
- ‘Aumento do IVA para 25% para isentar as empresas das contribuições para a Segurança Social durante 5 anos’ - o poder de compra que os trabalhadores portugueses têm vindo a perder devido à retracção dos seus salários reais será usado de forma indireta para financiar a sua segurança social, isentando de vez as empresas de qualquer responsabilidade social. Resumindo, os trabalhadores responsabilizam-se por todos os custos de solidariedade e gestão do país, enquanto que os gestores e administradores se preocupam em distribuir a riqueza produzida e todo o tipo de dividendos associados. Um país cortado ao meio: dificuldades e responsabilidades para uns, negócio e lucros para uma minoria.
- "Mudar a atitude no trabalho" o documento aponta a nossa legislação como a "mais rígida do mundo em muitos aspectos, nomeadamente nos despedimentos". Este responsáveis ignoram do alto das suas posições sociais a realidade dos 2 milhões de pobres de Portugal. Ignoram os 350 mil trabalhadores que auferem o SMN de 485€. Ignoram 1,5 Milhões de pessoas que sobrevivem com uma pensão inferior ao SMN. Pretendem um cheque-em-branco para colonizar o país com as suas empresas e bancos. Mas foram eles os ex-ministros ou governantes, e atuais responsáveis por grandes empresas ou capital. Querem novas oportunidades para o lucro, a crise é a sua oportunidade.
- "Figura do despedimento individual por questões económicas com uma compensação de uma semana por ano de antiguidade e máximo de 24 semanas" - novo cheque-em-branco para o lucro. Poder despedir e ameaçar qualquer trabalhador em qualquer momento. Baixar assim os salários e evitar situações em que o salário de um novo emprego não é compensatório face ao subsídio de desemprego, "o que acontece principalmente nos salários entre 450 e 800 euros".
- "Limitação do direito à greve" - Mudar a Constituição para que ‘os trabalhadores’ sejam produtivos e competitivos. Um anseio antigo dos patrões e do poder económico em Portugal. Voltar ao tempo de Marcelo Caetano e da ditadura.
As propostas são assinadas por um grupo de quinze personalidades desde ex-ministros, a economistas e especialistas em áreas estratégicas como a fiscalidade e a saúde. Deixemos assim os seus nomes para que a memória futura não seja curta. Temos de lhes dar a resposta que merecem. Já no dia 1 de Maio, Domingo. Largo Camões em Lisboa ou Praça dos Poveiros no Porto, pelas 13h. Depois junta-mo-nos à manif da CGTP no Martim Moniz. Juntos com toda a força na rua.
Lista completa de subscritores: António Nogueira Leite, Carlos Pereira da Silva, Diogo Lucena, Isabel Saraiva, João Salgueiro, Luís Filipe Pereira, Luís Mira Amaral, Miguel Cadilhe, Miguel Gouveia, Nuno Sampayo Ribeiro, Pedro Ferraz da Costa, Pedro Pita barros, Pedro Portugal, Rui Diniz e Rui Vinhas da Silva.
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