Eugénio Rosa
Como consequência de uma politica de transportes desastrosa dos sucessivos governos, actualmente 91% (segundo o Eurostat, 94,3%) do transporte interno de mercadorias é rodoviário, cabendo ao transporte marítimo apenas 5,3%, e ao transporte ferroviário somente 3,4% do total. Como a presença do Estado é nula no transporte rodoviário de mercadorias, ele encontra-se totalmente nas mãos de privados, embora seja estratégico para o abastecimento da população e das empresas. O nº 4 do artº 57 da Constituição da República dispõe que “é proibido o lock-out”, ou seja, a paralisação das empresas por parte dos patrões (infelizmente, muitos jornalistas aindaconfundem greve e “lock-out”). Apesar disso, acabou-se de assistir a um “lock-out”, por parte dos patrões das empresas dos transportes de mercadorias que, se prolongasse, teria graves consequências no abastecimento de produtos essenciais à população e à economia.
Uma das razões para o “lock-out” dos patrões era o aumento significativo dos preços do gasóleo num curto período de tempo. Por isso interessa analisar mais uma vez esta questão. - O DOMINIO DOS TRANSPORTES RODOVIÁRIOS DE MERCADORIAS PELOS PRIVADOS E O “LOCK-OUT” DOS PATRÕES
Sem comentários:
Enviar um comentário