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22/03/2011

Marcha pela Educação no próximo dia 2

A Fenprof iniciou, esta terça-feira, um ciclo de iniciativas que pretendem transformar a Avenida 5 de Outubro num "manifestodromo", em preparação da Grande Marcha pela Educação, a realizar no próximo dia 2 e para qual se esperam milhares de pais, alunos e trabalhadores não docentes.
A garantia foi dada, esta terça-feira, à Agência Lusa por Mário Nogueira, segundo o qual estão já completos vários autocarros para transportar docentes de todo o país até Lisboa.
O líder da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) falava à porta do Ministério da Educação, onde teve início um ciclo de protestos sobre a situação dos professores e os cortes financeiros no sector.
"É preciso, é urgente uma política diferente" e "Queremos a aposentação muito antes do caixão" foram algumas das palavras de ordem entoadas na avenida 5 de Outubro, onde se encontra o gabinete da ministra da Educação, Isabel Alçada.
No estacionamento frente ao edifício foi edificado um castelo de cartas, com a imagem de outros ministros do governo socialista, nomeadamente do Trabalho, Helena André, da Cultura, Gabriela Canavilhas, da Economia, Vieira da Silva e da Administração Interna, Rui Pereira.
O primeiro-ministro, José Sócrates, e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, foram igualmente visados na encenação e nas rábulas teatrais.
Mário Nogueira frisou que este ano foram já eliminados cinco mil professores do sistema educativo, antevendo o despedimento de mais 30 mil a 40 mil no próximo ano lectivo, que se inicia em Setembro, devido às medidas de contenção da despesa do Estado.
Em vez de cortar nos professores, o governo devia cortar na administração educativa, defendeu o dirigente sindical, criticando o PEC 4 (actualização do Programa de Estabilidade e Crescimento), que prevê uma poupança de 450 milhões de euros na Educação em 2012 e 2013, dos quais 300 no próximo ano.
O dirigente da FENPROF lembrou também as medidas que afectam muitos outros portugueses, como o corte nos salários, nas reformas, nas aposentações, o agravamento dos impostos e a dificuldade de acesso à saúde. "Eu acho que o que estão fazer é tentar destruir a esperança dos portugueses no futuro, mas nós estamos cá para defender esse futuro", prometeu.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1812252&page=-1

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