"No primeiro turno de trabalho registámos uma adesão à greve de 90 por cento e a produção está parada", disse à Lusa Cláudio Ventura, do SINQUIFA (Sindicato dos Trabalhadores da Química, Farmacêutica, Petróleo e Gás do Centro, Sul e Ilhas).
"Na Inapal Plásticos de Palmela, os trabalhadores da produção estão a morrer aos poucos, com problemas pulmonares, devido à falta de extracção de poeiras provocadas pelo manuseamento de alguns produtos", acrescentou o sindicalista, adiantando que já há "cerca de doze casos graves" num universo de uma centena de trabalhadores na área da produção.
Segundo dados recolhidos junto da empresa, só 40 por cento dos 155 trabalhadores da Inapal Plásticos aderiram à greve de dois dias iniciada esta manhã.
Em declarações à Lusa, o sindicalista Cláudio Ventura justificou a paralisação de dois dias com a alegada ausência de resposta da administração da empresa a um documento reivindicativo de Setembro de 2008, onde os trabalhadores exigiam aumentos salariais e a melhoria das condições laborais.
Cláudio Ventura referiu também que as estruturas representativas dos trabalhadores de outras empresas do Parque Industrial da Autoeuropa deverão divulgar ainda esta segunda-feira uma carta em que se solidarizam com os trabalhadores da Inapal Plásticos.
Por outro lado -- acrescentou --, a Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa também se comprometeu a denunciar junto da Volkswagen a alegada falta de diálogo da administração da Inapal Plásticos com os trabalhadores.
"A Inapal Plásticos, empresa que se dedica ao fabrico de componentes de plástico para o sector automóvel, é fornecedora da Autoeuropa e, por isso, está obrigada a respeitar a carta social Volkswagen e a dialogar com os representantes dos trabalhadores", justificou Cláudio Ventura.
Expresso - 08.06.09
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