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09/06/2009

SJ apoia luta dos jornalistas ao serviço do "Público"

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) está solidário com a decisão dos jornalistas e outros trabalhadores ao serviço do "Público" de rejeitarem a proposta de redução salarial que lhes foi apresentada pela Administração.
Em comunicado divulgado hoje, 9 de Junho, o SJ reconhece que "o sector e a empresa editora do “Público” são afectados pela crise económica que atinge o país", mas faz notar que a Administração não fundamentou a proposta feita aos trabalhadores de redução salarial escalonada entre os 3 e os 12% nas retribuições brutas superiores a 900 euros, pelo que é legítimo estes exigirem "mais informação sobre a situação da empresa e os planos de resolução dos seus problemas".

O SJ lembra ainda que a empresa editora do “Público” se integra num "sólido e vasto grupo económico-financeiro – a Sonae –, pelo que é justo reclamar que este encontre as vias adequadas para o manter sem sacrificar a parte mais fraca".

É o seguinte o texto, na íntegra, do comunicado do SJ:

SJ solidário com jornalistas do “Público”

1. O Sindicato dos Jornalistas (SJ) saúda a posição dos jornalistas e outros trabalhadores ao serviço do jornal “Público” que rejeitaram a proposta, entregue pela Administração à Comissão de Trabalhadores, de redução salarial escalonada entre os 3 e os 12% nas retribuições brutas superiores a 900 euros, e exigiram mais informação sobre a situação da empresa e os planos de resolução dos seus problemas.

2. O SJ, que tem acompanhado as organizações representativas dos jornalistas e restantes trabalhadores (delegados e CT), reconhece que o sector e a empresa editora do “Público” são afectados pela crise económica que atinge o país, mas considera que lhes foi proposto um esforço excessivo, desproporcionado e sem fundamentação objectiva e transparente.

3. Antes de mais, é necessário recordar que a empresa editora do “Público” se integra num sólido e vasto grupo económico-financeiro – a Sonae –, pelo que é justo reclamar que este encontre as vias adequadas para o manter sem sacrificar a parte mais fraca.

4. Os jornalistas e outros trabalhadores do “Público” têm contribuído para construir e manter de pé um projecto editorial que merece o respeito de todos e que já custou demasiados sacrifícios ao longo dos últimos anos, inclusivamente o desemprego de dezenas de profissionais e a diminuição de direitos essenciais dos que a ele permaneceram ligados.

5. Por outro lado, para pedir sacrifícios aos trabalhadores não basta à empresa invocar tão só a sua necessidade, mas impõe-se que ela os fundamente com dados objectivos e demonstre os efeitos esperados em termos da sua gestão e do seu futuro, circunstância que até agora não se verificou.

6. Solidário com os jornalistas e outros trabalhadores do “Público”, o SJ vai continuar a acompanhar e este processo.

Lisboa, 9 de Junho de 2009 (jornalistas.online)

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