A taxa de desemprego da zona euro aumentou em Janeiro para 8,2 por cento, o nível mais elevado desde Setembro de 2006, traduzindo-se num acréscimo de 256 mil pessoas que ficaram oficialmente sem trabalho, indicou hoje o gabinete de estatística da Comissão Europeia, o Eurostat.
Em Dezembro, a taxa de desemprego tinha sido de 8,1 por cento e em Janeiro de 2008 era de 7,3 por cento.
Para Portugal, a taxa harmonizada de desemprego de Janeiro elevou-se a 8,1 por cento, um salto de duas décimas em relação a Dezembro passado e um valor que fica a uma décima da média da zona euro.
Espanha é o país da União Europeia a ressentir-se mais drasticamente da recessão interna e internacional e apresenta uma taxa de desemprego a subir acentuadamente a cada mês que passa, fixando-se em Janeiro nuns impressionantes 14,8 por cento – mais cinco décimas do que no mês anterior.
Para quem pensava que o desemprego estaria controlado com os pacotes de estímulo económico que estão a ser implementados um pouco por toda a Europa estes dados agora divulgados vêm refutar essa ideia.
Na sequência do colapso do “subprime” (crédito de alto risco) de Setembro nos EUA e das crises financeira e económica em curso é de prever que o desemprego seja a próxima dor de cabeça para políticos em todo o mundo desenvolvido e em vidas de desenvolvimento.
A contenção das despesas das famílias, que afecta a indústria e os serviços, as dificuldades de acesso ao crédito por particulares e empresas e a ausência de confiança dos agentes económicos são a causa primeira para a crise actual, que gera a redução das vendas e, em consequência, aumenta os despedimentos.
Público - 27.02.09
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