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11/04/2010

Trabalhadores de Neves-Corvo dão prazo à Somincor para fim das negociações

Os trabalhadores da mina de Neves-Corvo, em Castro Verde, decidiram este domingo conceder um prazo à administração da Somincor, até sexta-feira, para a conclusão das negociações sobre as reivindicações dos mineiros.

«As questões principais das negociações têm de ser as que estiveram na origem da greve, o subsídio de fundo e a compensação do dia de Santa Bárbara», disse Jacinto Anacleto, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM), depois de um plenário de trabalhadores da mina que decorreu este domingo em Aljustrel.

O sindicalista adiantou à agência Lusa que os trabalhadores decidiram que os seus representantes integrem o grupo de trabalho para analisar as reivindicações dos mineiros, proposto pela administração da Somincor, concessionária da mina, mas para «negociar as questões que deram origem à greve».

«Os trabalhadores estão disponíveis para negociar tudo o que está na agenda da empresa, mas é fundamental a questão do subsídio de fundo», frisou o sindicalista.

Jacinto Anacleto salientou que «os trabalhadores da mina mostraram», no plenário deste domingo, «grande disponibilidade para voltar à greve, caso as negociações, que recomeçam na segunda-feira, não sejam bem sucedidas».

O sindicalista indicou que foi marcado um novo plenário dos trabalhadores da mina, para o próximo domingo.

A administração da Somincor tinha proposto, na quarta-feira, a criação de um grupo de trabalho para analisar as reivindicações dos mineiros, mas o sindicato do sector receou que este processo de negociação pudesse contribuir para provocar atrasos nas negociações.

As negociações pretendem resolver um conflito que motivou uma greve dos mineiros, de duas horas diárias no início de cada turno, que durou 43 dias e que foi desconvocada a 1 de Abril.

A principal reivindicação dos trabalhadores é um aumento de cem euros no subsídio de fundo, que é atribuído a quem labora no fundo da mina.

Além disso, os trabalhadores exigem ainda «o pagamento dos 50 por cento em falta da compensação do dia de Santa Bárbara» (padroeira dos mineiros) de 2009 e «a garantia do pagamento da compensação na totalidade este ano e nos próximos anos».

Na reunião da passada quarta-feira, segundo Jacinto Anacleto, perante a proposta avançada pela administração da empresa, o STIM convocou para este domingo um plenário de trabalhadores, nas instalações sindicais, em Aljustrel. «O grupo de trabalho será formado por representantes da administração e do STIM», disse o sindicalista.

A Somincor já remeteu eventuais declarações sobre estas matérias apenas para o final do processo negocial.

http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1541654

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