A esmagadora maioria dos jovens no desemprego não tem direito a apoio do Estado. Mais de 60 mil não beneficia de subsídio de desemprego, fruto, em grande parte da precariedade laboral desta faixa etária e dos poucos meses de descontos. Um número que deverá engordar nos próximos meses.
Segundo os números do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), em Outubro existiam 567,3 mil desempregados registados nos centros de emprego. Destes, 71,6 mil têm menos de 25 anos (12,6%). O número de de-sempregados jovens é, por si só, elevado, mas é ainda mais preocupante o facto de muitos deles não beneficiarem da rede social do Estado. Os últimos dados do Ministério da Solidariedade e da Segurança Social mostram que 84% dos jovens não tem direito a subsídio de desemprego. Apenas 11,4 dos 71,6 mil são beneficiários.
As razões para este desfasamento estão relacionadas com as condições de precariedade com que os jovens entram actualmente no mercado de trabalho. Dos estágios não remunerados aos recibos verdes. Mesmo os que conseguem contratos a prazo, muitos não são capazes de corresponder às exigências mínimas do apoio. Até agora, era necessário descontar o equivalente a 15 meses nos últimos dois anos. O Governo decidiu reduzir este prazo para 12 meses a partir de 2012, alargando também o apoio para alguns trabalhadores independentes.
Esta foi uma das muitas alterações ao subsídio de desemprego. O Governo decidiu reduzir para 18 meses o período máximo de permanência, baixando também o tecto para 1048 euros. Além disso, a partir de seis meses no desemprego, o subsídio é cortado 10%.
http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO025658.html
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