Eugénio Rosa
O FMI, contando agora com a colaboração do BCE e da Comissão Europeia, na sua politica tradicional de aproveitar as dificuldades dos países para impor as suas soluções ultraliberais, cujas consequências nefastas são já bem conhecidas, incluiu no “Memorando de entendimento” a privatização da maioria das empresas públicas que ainda estão na posse do Estado português. O governo de Passos Coelho, na sua ânsia de ser considerado “bom aluno” ultraliberal pretende ir ainda “ mais além”, e incluiu empresas como as “Aguas de Portugal” , que não constavam daquele “Memorando”. Como os capitalistas portugueses não têm dinheiro suficiente para as adquirir o governo pretende vendê-las a estrangeiros. Passos Coelho até já andou pela U.E., a reunir-se com representantes de grandes grupos económicos, a oferecer as empresas que pretende privatizar. Em período de crise, como é o actual, a venda será certamente a saldo, como aconteceu com o BPN vendido por 40 milhões €, mas antes o governo teve de capitalizar com dinheiro dos contribuintes em mais de 500 milhões €. - A VENDA DAS EMPRESAS PÚBLICAS A ESTRANGEIROS AGRAVARÁ AINDA MAIS O DÉFICE E O ENDIVIDAMENTO EXTERNO
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