Vasco Cardoso
As manifestações do 1 de Outubro dão confiança. Expressam não só um profundo descontentamento, mas sobretudo uma firme disponibilidade da classe operária, dos trabalhadores, do povo português para prosseguirem e intensificarem a luta contra o programa de agressão. Representam um poderoso movimento de ruptura com o rumo de desastre nacional, com os interesses dos grupos monopolistas e o poder político que os serve. São sementes de outras poderosas acções capazes de imporem transformações profundas na sociedade, libertando-a da exploração capitalista.
Conscientes do seu real significado, as classes dominantes sintonizaram-se na preparação do dia seguinte. No domingo pela manhã, o Diário de Notícias prestava-se a ser veículo de uma «notícia» com o título «PSP e secretas esperam maiores tumultos desde PREC». Os noticiários nas três televisões pegavam na deixa para substituírem as imagens dos quase 200 mil trabalhadores que em Lisboa e no Porto responderam ao apelo da CGTP-IN, por comentários de ditos entendidos em segurança interna e imagens de acções ocorridas noutros países, martelando essa «notícia» ao longo de todo o dia.
Por detrás de mais esta operação provocatória – a divulgação do dito relatório secreto foi tudo menos uma coincidência –
esconde-se o objectivo de condicionar a luta. Querem criminalizar a justa indignação de quem está a ser roubado no salário, na reforma, nos serviços públicos, nos direitos, na soberania, na liberdade. Incutir o medo e a resignação face a uma política de exploração e saque. Legitimar a repressão do agressor sobre o povo agredido.
Quem está a provocar um verdadeiro «tumulto» social é o grande capital e os governos ao seu serviço. São estes e não outros que estão a fazer uma política incendiária, de pilhagem dos povos e décadas de retrocesso. Quando Durão Barroso diz que só nos últimos três anos foram disponibilizados ao sector financeiro europeu cerca de 4,6 biliões de euros – o equivalente ao PIB da França e da Alemanha em 2010 – de dinheiros públicos, ouvimos uma confissão da dimensão do roubo organizado que está em curso.
Perante isto, as classes dominantes desejariam uma rendição sem condições. Não a vão ter! E é por aí que começa a sua derrota.
Conscientes do seu real significado, as classes dominantes sintonizaram-se na preparação do dia seguinte. No domingo pela manhã, o Diário de Notícias prestava-se a ser veículo de uma «notícia» com o título «PSP e secretas esperam maiores tumultos desde PREC». Os noticiários nas três televisões pegavam na deixa para substituírem as imagens dos quase 200 mil trabalhadores que em Lisboa e no Porto responderam ao apelo da CGTP-IN, por comentários de ditos entendidos em segurança interna e imagens de acções ocorridas noutros países, martelando essa «notícia» ao longo de todo o dia.
Por detrás de mais esta operação provocatória – a divulgação do dito relatório secreto foi tudo menos uma coincidência –
esconde-se o objectivo de condicionar a luta. Querem criminalizar a justa indignação de quem está a ser roubado no salário, na reforma, nos serviços públicos, nos direitos, na soberania, na liberdade. Incutir o medo e a resignação face a uma política de exploração e saque. Legitimar a repressão do agressor sobre o povo agredido.
Quem está a provocar um verdadeiro «tumulto» social é o grande capital e os governos ao seu serviço. São estes e não outros que estão a fazer uma política incendiária, de pilhagem dos povos e décadas de retrocesso. Quando Durão Barroso diz que só nos últimos três anos foram disponibilizados ao sector financeiro europeu cerca de 4,6 biliões de euros – o equivalente ao PIB da França e da Alemanha em 2010 – de dinheiros públicos, ouvimos uma confissão da dimensão do roubo organizado que está em curso.
Perante isto, as classes dominantes desejariam uma rendição sem condições. Não a vão ter! E é por aí que começa a sua derrota.
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