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16/06/2011

Sargentos preocupados

«Não podemos estar descansados porque o cenário resultante de muitos anos de governações irresponsáveis conduziu-nos ao estado em que nos encontramos», considerou, dia 10, a Associação Nacional de Sargentos, num comunicado que assinalou o seu 22.º aniversário.
«Os tempos que se avizinham são de grande exigência, atenção e capacidade de resistência», avisou a associação, salientando que continuará «a pugnar pelo estabelecimento de normas e condutas que reconheçam os sargentos de Portugal como cidadãos de corpo inteiro».
«Todos teremos de estar disponíveis para os necessários esforços que o País espera de nós», considerou a ANS, exigindo, contudo, formação qualificada e certificada para os sargentos, o estabelecimento e respeito de regras que lhes garantam uma carreira digna, um sistema retributivo equitativo e justo, e o cumprimento dos princípios sociais e assistenciais legalmente previstos, devidos aos militares e às respectivas famílias.
Sobre anunciadas intenções de cortar no orçamento das Forças Armadas, a associação diz que «não pode permitir que esta afirmação seja utilizada» a propósito de quem tem, como os sargentos, a missão de salvaguardar «a independência e soberania nacional, cumprir e fazer cumprir as leis e guardar a Constituição da República Portuguesa, mesmo com o risco da própria vida».
Nascida da necessidade de dar voz a uma categoria militar «que raramente via os seus problemas específicos colocados e defendidos», a associação saudou as várias gerações de sargentos que contribuíram para o prestígio e o respeito obtidos entre as diversas hierarquias políticas e militares e, «sobretudo, entre os cidadãos anónimos».
«Com dignidade, construímos o futuro», garantiu a associação.

http://www.avante.pt/pt/1959/trabalhadores/115076/

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