Contra as medidas "avulsas e cegas", que visam apenas poupar alguns milhares de euros, os sindicatos dos professores reclamam um amplo debate nacional sobre o estado da educação em Portugal.
Objectivo: estabelecer um consenso nacional capaz de impedir que as políticas educativas mudem a cada mudança de ministro ou de Governo.
Esta reivindicação surge a reboque dos pareceres de ontem em que o Conselho Nacional de Educação (CNE) qualifica como "pontuais e desconexas" as alterações que o Governo vai introduzir no ensino básico e secundário e nas quais se inclui, por exemplo, o fim das Áreas de Projecto e a redução do Estudo Acompanhado aos alunos em dificuldades.
"A educação não pode continuar a vogar ao ritmo de políticas economicistas", disse ao PÚBLICO Mário Nogueira, da Fenprof. "As opções educativas não podem continuar condicionadas por cada mudança de ministro e por cada mudança de governo", corroborou João Dias da Silva, da FNE, preconizando a criação de uma nova lei de bases, "no quadro de uma amplo consenso nacional que obrigue os diferentes partidos a manter pressupostos básicos na sua acção governativa".
Para Mário Nogueira os reparos contidos nos pareceres do CNE são "justos e adequados". Isto porque as alterações propostas pelo Governo visam apenas permitir que "o Estado poupe qualquer coisa como 803 milhões de euros, ainda que daí resultem situações complicadas até do ponto de vista da segurança", acrescentou, referindo-se à redução de dois para um do número de professores a leccionar Educação Visual e Tecnológica (EVT).
O CNE também considera que a supressão de um dos dois professores de EVT pode pôr em causa "a segurança dos alunos no manuseamento de utensílios, ferramentas e materiais diversos". Este órgão consultivo para as políticas educativas também vê com apreensão a redução da carga horária semanal dos alunos do básico. E avisa que as políticas educativas não podem resultar de restrições orçamentais, sob pena de comprometer a melhoria registada pelos alunos portugueses no PISA 2009.
http://publico.clix.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/sindicatos-pedem-consenso-nacional-sobre-educacao_1472090
Esta reivindicação surge a reboque dos pareceres de ontem em que o Conselho Nacional de Educação (CNE) qualifica como "pontuais e desconexas" as alterações que o Governo vai introduzir no ensino básico e secundário e nas quais se inclui, por exemplo, o fim das Áreas de Projecto e a redução do Estudo Acompanhado aos alunos em dificuldades.
"A educação não pode continuar a vogar ao ritmo de políticas economicistas", disse ao PÚBLICO Mário Nogueira, da Fenprof. "As opções educativas não podem continuar condicionadas por cada mudança de ministro e por cada mudança de governo", corroborou João Dias da Silva, da FNE, preconizando a criação de uma nova lei de bases, "no quadro de uma amplo consenso nacional que obrigue os diferentes partidos a manter pressupostos básicos na sua acção governativa".
Para Mário Nogueira os reparos contidos nos pareceres do CNE são "justos e adequados". Isto porque as alterações propostas pelo Governo visam apenas permitir que "o Estado poupe qualquer coisa como 803 milhões de euros, ainda que daí resultem situações complicadas até do ponto de vista da segurança", acrescentou, referindo-se à redução de dois para um do número de professores a leccionar Educação Visual e Tecnológica (EVT).
O CNE também considera que a supressão de um dos dois professores de EVT pode pôr em causa "a segurança dos alunos no manuseamento de utensílios, ferramentas e materiais diversos". Este órgão consultivo para as políticas educativas também vê com apreensão a redução da carga horária semanal dos alunos do básico. E avisa que as políticas educativas não podem resultar de restrições orçamentais, sob pena de comprometer a melhoria registada pelos alunos portugueses no PISA 2009.
Sem comentários:
Enviar um comentário