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26/05/2010

Sindicatos contestam fim das medidas extraordinárias

CGTP e UGT unem-se na contestação ao anúncio do fim das medidas extraordinárias de apoio aos desempregados, que tinham sido decidididas pelo Governo para combater a crise.

Arménio Carlos, da CGTP, contestou o fim das medidas extaordinárias de apoio aos desempregados e considerou mesmo que a reunião, desta quarta-feira, da concertação social começou viciada.

«O que nos está a ser aqui [na reunião da concertação social] a ser apresentado é um jogo viciado à partida porque o Governo pelos vistos já determinou as regras. Estas medidas apontam para uma redução do crescimento económico, dos salários até 2013, e não se perspectiva que haja um crescimento à altura do que seria desejável», destacou.

Por isso, «perguntamos pacto para o emprego para quê nestas condições? Para reduzir salários? Para reduzir direitos? Para pôr em causa o desenvolvimento do país e o bem-estar social? Naturalmente que consideramos que isto é inadmissível e, portanto, vamos apresentar as nossas propostas».

No mesmo tom, o secretário-geral da UGT, João Proença disse que o Governo insiste em apresentar factos consumados em vez de propostas.

«Temos presente o período de crise que vivemos e é, por isso, que questionamos o Governo sobre outras medidas que existem de política de emprego e que devem ser realinhadas para responder a outras que agora são extintas, nomeadamente na área dos desempregados», sublinhou João Proença.

A ministra do Trabalho, Helena André explicou no final da reunião da concertação social que uma das medidas que chega ao fim é a do prolongamento, por seis meses, do subsídio social de desemprego.

O Governo decidiu acabar com algumas das medidas excepcionais de apoio aos desempregados que tinham sido decididas para combater a crise e incluídas na iniciativa Emprego 2010.

http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1578966

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