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27/05/2010

Adesão forte na electrónica

Tiveram forte adesão as greves da semana passada, no sector de fabrico de material eléctrico e electrónico. A Fiequimetal/CGTP-IN destacou, pela participação dos trabalhadores nas paralisações de duas horas por turno, quinta e sexta-feira, várias empresas multinacionais, como a Exide (ex-Tudor), a Bosch Car Multimedia, a Delphi (fábricas em Braga e no Seixal), a Motometer, a Visteon, a Vitrohm, a Legrand Eléctrica, a Efacec e a Preh. Durante as paralisações, que assumiram expressão nacional e afectaram as produções, houve igualmente concentrações junto das empresas.
Para a federação e os sindicatos (SIESI e STIENC), confirmou-se assim a resistência à pretensão patronal de retirar direitos inscritos no contrato colectivo (o que representaria uma redução de cerca de 30 por cento nos rendimentos dos trabalhadores), bem como a determinação no apoio à exigência de aumento real dos salários e normalização do processo negocial. Se a associação patronal e as multinacionais que a dominam não atenderem as reivindicações, terão como resposta «a ampliação e intensificação da luta».
Aos objectivos comuns, os 450 trabalhadores da Legrand Eléctrica acrescentaram a necessidade de a Câmara de Cascais e o Governo travarem a ameaça de encerramento da fábrica, em Carcavelos, por via da venda das instalações e do terreno, para ali instalar um centro comercial.
No Complexo Grundig, em Braga, foram refutados os aumentos salariais decididos nas três empresas que ali funcionam e que contam cerca de três mil trabalhadores: zero, na Fehst; 1,6 por cento na Delphi, mas que correspondem apenas a 0,6 por cento, já que o restante reporta a 2009; e um por cento na Bosch.

Açores

Para 4 de Junho, está convocada greve de 24 horas na Electricidade dos Açores, contra a actualização salarial de 0,8 por cento imposta pelo Governo Regional. O SIESI, num comunicado distribuído em Ponta Delgada e citado pela Lusa, refere que a decisão foi tomada em plenários, na semana passada, e que os trabalhadores não acreditam que, sem luta, a EDA vá alterar a sua posição, numa reunião marcada para segunda-feira próxima.

http://www.avante.pt/noticia.asp?id=33788&area=4

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