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31/01/2009

UE tem quase 18 milhões de desempregados

Há quase 18 milhões de desempregados na União Europeia. Segundo as estatísticas do Eurostat, no mês de Dezembro de 2008 havia mais 1,665 milhões de pessoas sem emprego na UE do que no mesmo mês de 2007.

Dos 17,911 milhões de pessoas sem emprego na UE, 12,472 milhões de indivíduos estão nos 15 países da Zona Euro, de que Portugal faz parte. Neste grupo de países, a taxa de desemprego aumentou para 8%, no mês de Dezembro, mais 0,8 pontos percentuais do que no último mês de 2007, o equivalente a mais 1,397 milhões de desempregados.

Os dados mostram, ainda, que o desemprego sobe a um ritmo mensal significativo. Face a Novembro de 2008, em Dezembro, 230 mil trabalhadores perderam o emprego na Zona Euro, um aumento de uma décima.

Na Europa a 27, a taxa subiu para 7,4%, mais seis décimas do que em Dezembro de 2007, e mais 309 mil pessoas do que em Novembro de 2008. Portugal, segundo as estatísticas do Eurostat, registava no final de 2008 uma taxa de desemprego de 7,9%, próxima da média da Zona Euro e acima da média da UE a 27 (ver info). Espanha é o país com a taxa de desemprego mais elevada, situando-se nos 14,4%, percentagem que no final de 2007 era de 8,7%. Os Países Baixos têm a taxa de desemprego mais baixa, de 2,7%, e apesar da conjuntura económica, o Eurostat regista nove países onde a taxa de desemprego diminuiu face ao ano anterior.

As estatísticas confirmam a diminuição drástica de postos de trabalho que se verifica a nível mundial e que, para a Organização Internacional de Trabalho, merece medidas para travar o seu crescimento. A organização considera que a crise na Europa está a ter reflexos preocupantes na vida das pessoas. "O impacto nas empresas, no emprego e no trabalho digno está a aumentar de uma forma alarmante", defende a OIT, que apela a medidas monetárias, financeiras, fiscais, de promoção do emprego e de apoio social (ver pág. 22). A OIT prevê que, no pior cenário, 2009 acabe com um número de 230 milhões de desempregados em todo o Mundo.

Ontem, o primeiro-ministro, José Sócrates, defendeu o investimento como solução para o problema e salientou que "este é o momento para o Estado agir, não é o momento para nos entretermos a descrever como é grave a crise no Mundo". Sócrates referiu que "o investimento público é a pensar nas empresas, na economia, mas também nas pessoas e no combate ao desemprego".

Em resposta, a líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, retomou a necessidade de o Governo incluir no próximo Orçamento suplementar a descida da taxa social única, alterações no pagamento do IVA e a extinção do Pagamento Especial por Conta como resposta aos problemas sociais.

ANA PAULA LIMA - Jornal de Notícias (31.01.09)

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