À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.

30/01/2009

Notícias que nos convocam a agir

Crise económica: Empresas reduzem efectivos - Desemprego ameaça milhares em Portugal
Numa semana negra a nível mundial, 384 portugueses ficaram sem os respectivos postos de trabalho, até ontem, mas a ameaça do desemprego paira sobre milhares de trabalhadores cujas empresas podem optar por reduzir efectivos para resistir à crise e à quebra na procura.
Ecco’let, Conjuli, Euronadel, Qimonda, Aerosoles são nomes que na última semana se tornaram familiares de todos os portugueses. As três primeiras fecharam portas e deixaram os trabalhadores no desemprego. Já a Qimonda e a Aerosoles entraram em processo de falência, colocando 1900 e 680 postos de trabalho em risco, respectivamente.
Enquanto em Portugal, os funcionários da Qimonda aguardam para conhecer o seu futuro, na principal fábrica da marca na cidade alemã de Dresden, os trabalhadores saíram ontem para as ruas a pedir uma solução rápida que permita salvar 40 mil postos de trabalho.
Mas há mais. Em Santarém, 2500 trabalhadores receiam perder o emprego e estão com redução de salários ou têm ordenados em atraso ou estão de férias forçadas, segundo um levantamento realizado pela União dos Sindicatos de Santarém.
Em Coimbra, os 80 trabalhadores da Real Cerâmica – que encerrou em Dezembro por falta de encomendas – reúnem-se hoje para conhecer o seu futuro.
A esta juntam-se empresas multinacionais, algumas das quais representadas em Portugal, que na última semana anunciaram despedimentos de mais de 70 mil pessoas.
ALEMANHA
O mercado do emprego deteriorou-se nitidamente em Janeiro na Alemanha, com a taxa de desemprego a subir para 8,3 por cento contra 7,4 por cento.
EUA
O número de norte-americanos a receber subsídio de desemprego disparou para um nível recorde, com 4,78 milhões de americanos a viverem deste subsídio.
JAPÃO
A Toshiba anunciou ontem um corte de 4500 postos de trabalho a nível mundial mas já foram dadas garantias de que Portugal não será afectado.
Grupo japonês anuncia 20 mil despedimentos
O grupo de electrónica e telecomunicações japonês NEC vai cortar 20 mil postos de trabalho em todo o mundo, devido às previsões de fortes prejuízos.
A NEC reviu esta sexta-feira as estimativas financeiras para o exercício de 2008-2009, na previsão de um défice anual de 290 mil milhões de ienes (o correspondente a 2,4 mil milhões de euros).
Entre as dificuldades que o grupo tem enfrentado, tal como os seus congéneres no Japão, estão a queda das encomendas, alta do iene e numerosas pequenas filiais fragilizadas pela crise mundial e com problemas de tesouraria.
Japão: Taxa de desemprego atinge os 4,4%
O Japão informou esta quinta-feira que a sua taxa de desemprego atingiu os 4,4 por cento em Dezembro, o valor mais alto dos últimos três anos, no mesmo dia em que as Hitachi anunciou que vai suprimir sete mil postos de trabalho.
O valor registado vai contra todas as previsões, que apontavam para uma taxa máxima de 4,2 por cento. No mês anterior, a taxa de desemprego japonesa sitiava-se nos 3,9 por cento.
Na origem deste acréscimo estão os milhares de despedimentos efectuados pelas diversas empresas nipónicas devido à crise financeira.
HITACHI DESPEDE 7 MIL PESSOAS
Entretanto, o grupo industrial diversificado japonês Hitachi anunciou que vai dispensar sete mil pessoas nas suas divisões electrónicas por causa da crise.
O grupo revelou ainda que prevê uma perda líquida anual maciça de 700 mil milhões de ienes ( o equivalente a 5,8 mil milhões de euros).
Correio da Manhã - 30 Janeiro 2009

Dexia prevê perdas de 2,3 mil milhões de euros
O Dexia anunciou que prevê um prejuízo de 2,3 mil milhões de euros no quarto trimestre, o que levou o banco a reduzir postos de trabalho (900) e a reestruturar a sua actividade numa tentativa de diminuir custos.
Jornal de Negócios (30.01.09)

Trabalhadores da Manitowoc dispensados
Mais de 250 trabalhadores das fábricas da Manitowoc em Gondomar e Paredes estão com "contrato suspenso por seis meses, desde Dezembro", e, segundo um dirigente sindical, a administração já anunciou a não renovação dos contratos a prazo.
SUINICULTURAS/LEIRIA
«Sector atravessa maior crise de sempre»
O presidente da Associação dos Suinicultores de Leiria (ASL), David Neves, afirmou hoje que o sector “atravessa neste momento a maior crise de sempre” e reclamou medidas para a sua salvaguarda.
Destak.pt (30.01.09)

Empresas travam aumentos salariais e congelam contratações para sobreviver à crise
Os salários no sector privado não vão aumentar, em média, mais do que 1,9 por cento em Portugal, segundo um estudo do Hay Group realizado entre Outubro de 2008 e Janeiro. As empresas desceram as previsões de aumentos de 3,2 por cento para quase dois por cento, seguindo uma tendência mundial.
Taxa de desemprego sobe aos oito por cento na Zona Euro
A taxa de desemprego na Zona Euro aumentou para oito por cento em Dezembro, o valor mais elevado em mais de dois anos que é justificado pela recessão económica internacional que está a provocar o despedimento generalizado em vários sectores de actividade.
Público.pt (30.01.09)

Crise provoca sucessão de despedimentos e milhares de desempregados por todo o mundo
Esta semana sucederam-se anúncios de despedimentos em várias empresas e por isso vários milhares de trabalhadores estão no desemprego.
A crise financeira internacional continua a ser apontada como a principal responsável por este cenário.
A empresa multinacional norte-americana Manitowoc Crane Group (MCG) vai eliminar 2.100 postos de trabalho ligados à produção de gruas em vários países, incluindo Portugal, um dia após a divulgação das perdas registadas no quarto trimestre de 2008.
O grupo japonês Toshiba, um dos maiores mundiais no ramo da electrónica de consumo, anunciou a supressão de 4.500 postos de trabalho até Março, para fazer face à crise económica mundial.
A redução tem por objectivo fazer regressar a empresa aos lucros, depois dos anunciados 159,6 mil milhões de ienes (1,33 mil milhões de euros) de prejuízos registados entre Abril e Dezembro de 2008.
Com a redução dos 4.500 postos de trabalho a empresa espera reduzir os custos fixos do grupo em 300 mil milhões de ienes (2,5 mil milhões de euros).
A norte-americana IBM por sua vez, que de acordo com fonte sindical, traçou já um plano social que visa suprimir mais de 2.800 empregos.
O fabricante nipónico de vidro Nippon Sheet Glass (NSG) anunciou também a supressão de 5.800 empregos em todo o mundo, no quadro de um plano de reestruturação visando a tirar o grupo do vermelho.
Na Europa, o grupo bancário belga Dexia, que beneficiou de ajudas dos governos francês, belga e luxemburguês no final de Setembro último, deverá anunciar a supressão de 700 a 800 empregos, adiantava hoje o diário belga De Standaard.
Em Espanha, a construtora de automóveis francesa Renault anunciou uma redução da produção na fábrica de Palencia (norte) devido à crise que afecta o sector e que levou à não renovação dos contratos de 400 trabalhadores temporários.
Nos Estados Unidos, a Eastman Kodak anunciou que vai suprimir entre 3.500 a 4.500 pessoas em 2009, entre 14 e 18 por cento, após falhar a passagem à fotografia digital.
Ainda nos Estados Unidos, a Ford Motor Credit, o braço financeiro da construtora automóvel Ford, informou que perdeu 1.536 milhões de dólares em 2008 e que eliminará cerca de 20 por cento dos seus efectivos, o que deverá afectar 1.200 postos de trabalho em 2009.
A farmacêutica norte-americana AstraZeneca anunciou a eliminação de 6.000 postos de trabalho a nível mundial até 2013, após registar uma ligeira queda no lucro líquido do quarto trimestre de 2008.
O Metropolitano de Londres também anunciou o corte de 1.000 postos de trabalho durante o ano de 2009, após a revisão dos seus custos operacionais, afirmou a Transport of London, que gere a rede de comboios, autocarros e o metropolitano.
A cadeia de lojas norte-americana Bon-Ton anunciou o despedimento de 1.150 pessoas, e acrescentou que vai eliminar o bónus dos seus executivos e as promoções por mérito, num esforço que pretende reduzir custos anuais na ordem dos 70 milhões de dólares.
Nos EUA, os números do desemprego divulgados pelo Departamento do Trabalho, apontam para novos recordes negativos.
Na semana terminada a 24 de Janeiro, 3.000 pessoas requereram subsídio de desemprego pela primeira vez, aumentando o acumulado de Janeiro para os 588 mil novos pedidos, apenas menos 1.000 do que os mínimos de 26 anos estabelecidos no mês passado, quando falta contabilizar uma semana.
O número de pessoas a receber subsídio de desemprego nos EUA aumentou em 159 mil, na semana terminada a 17 de Janeiro, elevando para 4.776 milhões as pessoas que recebem esta ajuda estatal, o mais elevado desde pelo menos 1967, ano em que se começaram a realizar este tipo de registos.
O relatório da organização analisa vários cenários, consoante o crescimento da economia e a capacidade de resistência à crise económica. Numa versão mais optimista, a OIT estima que os países desenvolvidos terão mais cinco a sete milhões de desempregados este ano.
Caso a situação económica continue a deteriorar-se ao longo de 2009, haverá mais 11 milhões de desempregados em comparação com 2007, elevando o total de desempregados para os 40 milhões.
Na Alemanha, o mercado de trabalho piorou em Janeiro, com uma taxa de desemprego de 8,3 por cento, ou seja, 9 por cento maior que a de Dezembro de 2008, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela Agência Federal para o Emprego.
A primeira economia da Europa registou 3,49 milhões de desempregados em Janeiro, destacou a instituição em comunicado. Este dado representa um aumento de 387.000 pessoas em relação a Dezembro de 2008.
A taxa de desemprego no Japão aumentou para 4,4 por cento em Dezembro, para o seu valor mais alto dos últimos três anos, com mais 2,7 milhões de pessoas ficaram sem os seus empregos.
TSF (30.01.09)

Economia - 30-01-2009 |
Corticeiros da Subercor e da Vinicor fazem apelo ao Governador Civil de Aveiro
Depois da greve, os trabalhadores apelam para a defesa dos postos de trabalho
INE prevê queda do investimento dos empresários
O Instituto Nacional de Estatística prevê que o investimento caia 8,6%, este ano, em relação ao ano passado.
RCP

Manitowoc Crane vai despedir também em Portugal
Tem duas fábricas e emprega 500 pessoas no mercado nacional

A empresa multinacional norte-americana Manitowoc Crane Group (MCG) vai eliminar 2.100 postos de trabalho ligados à produção de gruas em vários países, incluindo Portugal, um dia após a divulgação das perdas registadas no quarto trimestre de 2008.

Agência Financeir


Insolvências e falências de empresas dispararam 67 por cento no ano passado
O número de empresas que entraram em insolvência e em falência disparou no ano passado, subindo 67 por cento, para 3344 casos, face a 2007, ano em que se observaram 2001 processos, revela hoje um estudo da Informa Dun & Bradstreet.
Os distritos do Porto, Lisboa e Braga concentraram quase dois terços (62 por cento) das situações identificadas pela D&B portuguesa e mais de metade (51 por cento) das insolvências e falências ocorreram em empresas com menos de cinco trabalhadores.
Nas empresas com mais de 50 trabalhadores o fenómeno de falência ou insolvência foi mais diminuto, afectando cinco por cento do universo de sociedades dessa dimensão.
Os dados recolhidos pela D&B apontam ainda que quase metade (46 por cento) das situações de insolvência e de falência sucederam-se em firmas com menos de dez anos. As fábricas, os grossistas e a construção foram os sectores mais afectados pela crise e onde os empresários ou gestores não tiveram outra opção senão fechar as portas.
Do total de empresas que entraram no radar da Informa D&B, 27 por cento são fábricas, 19 por cento grossistas e 18 por cento unidades do sector da construção. Por áreas de actividade, o gás, a electricidade e água, a exploração mineira e as telecomunicações constituíram os negócios mais lesados pela recessão interna e internacional que se implantou com uma rapidez como nunca se tinha visto nas últimas décadas.
Público.pt

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