Londres vai ver peça de 10 minutos sobre Gaza
Foi escrita apenas numa semana pela dramaturga inglesa Caryl Churchill, dura só 10 minutos, tem um elenco de um punhado de actores, é assumidamente uma peça política, intitula-se Seven Jewish Children - A Play for Gaza, vai subir ao palco do Royal Court Theatre de Londres no dia 6 de Fevereiro, e poderá ser vista sem ser preciso comprar bilhetes. No final de cada representação, haverá um peditório para a organização caritativa Medical Aid for Palestinians.
Caryl Churchill disse ao The Guardian que escreveu a peça num repente, inspirada "pelo que estava a acontecer em Gaza - é uma forma de ajudarmos aquelas pessoas. Toda a gente sabe onde é Gaza, toda a gente está preocupada com o que se está a passar lá, e esta peça é algo a que podem acorrer. É um acontecimento político, e não apenas teatral". E também "uma maneira de olhar para o que aconteceu e de angariar dinheiro para as pessoas que estão lá a sofrer".
Conhecida na Grã-Bretanha pela sua militância pela causa palestiniana, Churchill, de 70 anos, descreve Seven Jewish Children - A Play for Gaza como "uma história de Israel que culmina com os bombardeamentos em Gaza". E acrescenta: "Israel fez muitas coisas horríveis no passado, mas o que aconteceu em Gaza foi particularmente extremo."
Após ter atingido a última representação no palco do Royal Court Theatre, no próximo dia 26 de Fevereiro, a peça será colocada na Internet, para que possa ser descarregada por qualquer pessoa, onde quer que esteja.
"Qualquer um poderá representá-la sem ter de comprar os direitos, desde que no final de cada representação seja realizado um peditório para os habitantes de Gaza", esclareceu a autora de Top Girls, um dos nomes cimeiros do teatro britânico contemporâneo.
O Royal Court Theatre tinha pensado reagir aos acontecimentos em Gaza, mas não sabia como, até Caryl Churchill aparecer com a sugestão da minipeça. Que, frisou ao The Guardian Elyse Dodgson, directora do departamento internacional da instituição, "não é um ataque a ninguém. É um grito de dor".
Dominic Cooke, director artístico do teatro e encenador da peça, frisou que uma das grandes forças do teatro é a sua capacidade de reacção aos acontecimentos. E que Seven Jewish Children - A Play for Gaza foi a reacção mais rápida que ele já viu.
Cooke espera que o público "seja tocado pela peça. Espero que se sinta estimulado, que seja levado a pensar sobre as circunstâncias históricas que conduziram à presente situação no Médio Oriente".
Ainda segundo o encenador, esta minipeça de Caryl Churchill é o exemplo de que se pode abordar um tema de grande importância de "uma maneira incrivelmente condensada e económica".
In D.N. (27.01.09)
Caryl Churchill disse ao The Guardian que escreveu a peça num repente, inspirada "pelo que estava a acontecer em Gaza - é uma forma de ajudarmos aquelas pessoas. Toda a gente sabe onde é Gaza, toda a gente está preocupada com o que se está a passar lá, e esta peça é algo a que podem acorrer. É um acontecimento político, e não apenas teatral". E também "uma maneira de olhar para o que aconteceu e de angariar dinheiro para as pessoas que estão lá a sofrer".
Conhecida na Grã-Bretanha pela sua militância pela causa palestiniana, Churchill, de 70 anos, descreve Seven Jewish Children - A Play for Gaza como "uma história de Israel que culmina com os bombardeamentos em Gaza". E acrescenta: "Israel fez muitas coisas horríveis no passado, mas o que aconteceu em Gaza foi particularmente extremo."
Após ter atingido a última representação no palco do Royal Court Theatre, no próximo dia 26 de Fevereiro, a peça será colocada na Internet, para que possa ser descarregada por qualquer pessoa, onde quer que esteja.
"Qualquer um poderá representá-la sem ter de comprar os direitos, desde que no final de cada representação seja realizado um peditório para os habitantes de Gaza", esclareceu a autora de Top Girls, um dos nomes cimeiros do teatro britânico contemporâneo.
O Royal Court Theatre tinha pensado reagir aos acontecimentos em Gaza, mas não sabia como, até Caryl Churchill aparecer com a sugestão da minipeça. Que, frisou ao The Guardian Elyse Dodgson, directora do departamento internacional da instituição, "não é um ataque a ninguém. É um grito de dor".
Dominic Cooke, director artístico do teatro e encenador da peça, frisou que uma das grandes forças do teatro é a sua capacidade de reacção aos acontecimentos. E que Seven Jewish Children - A Play for Gaza foi a reacção mais rápida que ele já viu.
Cooke espera que o público "seja tocado pela peça. Espero que se sinta estimulado, que seja levado a pensar sobre as circunstâncias históricas que conduziram à presente situação no Médio Oriente".
Ainda segundo o encenador, esta minipeça de Caryl Churchill é o exemplo de que se pode abordar um tema de grande importância de "uma maneira incrivelmente condensada e económica".
In D.N. (27.01.09)
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