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08/11/2011

Recessão mais grave em 2012, previsão de desemprego pouco credível

O Conselho Económico e Social (CES) espera uma recessão mais forte no próximo ano e considera pouco credíveis as previsões para a taxa de desemprego.
No projecto de parecer à proposta de Orçamento do Estado para 2012, a que o Dinheiro Vivo teve acesso, o CES afirma que apesar de a quebra do PIB esperada para 2011 e 2012 ser a mais grave dos últimos 30 anos", as medidas "constantes do OE" poderão levar a "uma quebra ainda mais acentuada do produto".
Na proposta orçamental, o Governo aponta para uma recessão de 1,9% este ano e de 2,8% em 2012, valores que, acentua o projecto de parecer redigido pelo conselheiro António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial Portuguesa (CIP), são mais negativos do que os avançados pelo Executivo apenas dois meses antes, no Documento de Estratégia Orçamental (DEO).
As medidas que vão levar à quebra do rendimento disponível das famílias (devido ao corte dos subsídio, subida da carga fiscal e corte nos apoios sociais) e o aumento dos níveis de endividamento e de incumprimento dos particulares são factores que para o CES irão contribuir para uma recessão mais acentuada, devido ao impacto que terão no diminuição do consumo privado.
A isto, o CES soma a subida da taxa de desemprego, alertando mesmo que o valor inscrito na proposta orçamental "não é crível". É que, refere o documento, apesar de ter revisto em alta em 1 ponto percentual a contracção do PIB em 2012, o Governo apenas acrescenta duas décimas à taxa de desemprego (de 13,2% para 13,4%) relativamente ao cenário anterior.

http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO021427.html

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