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22/08/2008

Sociologia da alta burguesia

Michel Pinçon; Monique Pinçon-Charlot

Sociólogos, diretores de pesquisa no CNRS (Centro Nacional da Pesquisa Científica) e trabalham no CSU (Culturas e Sociedades Urbanas) do IRESCO (Instituto de Pesquisa sobre as Sociedades Contemporâneas) Paris. França

RESUMO


Enquanto a pobreza é estudada sob todos os ângulos possíveis, as classes mais ricas raramente são objeto de análises sociológicas. Neste artigo são discutidas as causas desse desequilíbrio, a começar pela timidez dos sociólogos. Os obstáculos metodológicos provém, em parte, da origem social dos pesquisadores que ficam mais a vontade nas pesquisas sobre a população pobre e os movimentos sociais e inibidos em face das classes abastadas. A esse problema subjetivo se agrega um segundo relativo ao desinteresse ou à recusa dos ricos em fornecer informações tornando a avaliação das fortunas um exercício complexo.
O tema sofre também preconceitos teóricos e sociais tendo pouca legitimidade acadêmica; o pesquisador é frequentemente acometido de um mal-estar deontológico que dificulta sua relação com o objeto de estudo. Por fim, o distanciamento social se traduz numa ambígua relação de dominação.

Palavras-chave: Teoria Social, Classes sociais, Sociologia da burguesia, Sociologia da classe dominante, Metodologia de pesquisa sobre classes sociais.

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