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20/04/2010

Greve na Galp pode alastrar aos postos de combustível

Aos 4.000 trabalhadores das refinarias, cuja paralisação termina amanhã, podem agora juntar-se funcionários de 833 postos de abastecimento.

Ao contrário dos automobilistas - que ainda não sentem o impacto da greve que paralisa as refinarias de Sines e do Porto desde ontem, dia 19 -, a Galp começa a sentir os primeiros efeitos negativos. As contas da petrolífera sairão inevitavelmente afectadas pela paragem da produção e pela necessidade de alterar toda a logística de transporte, muita dela antecipada nos últimos dias para evitar a ruptura de ‘stocks'.

Um problema que se poderá agravar em breve, caso os trabalhadores da Galpgest - empresa que gere a rede de estações de venda de combustíveis -, adoptem medidas de protesto idênticas às dos mais de 4.000 efectivos que estão abrangidos pelo actual acordo colectivo de trabalho da Galp e que estão na base da greve que só termina amanhã, dia 21.

Quem deixa o alerta é o representante da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgica, Química, Farmacêutica, Eléctrica, Energia e Minas (Fequimetal). Em declarações ao Diário Económico, Armando Faria confirma a realização, ao longo do dia de ontem, de vários plenários em postos de abastecimento. Os 1.167 quadros afectos aos 833 postos de abastecimento nacionais, que mantém uma negociação própria, também não viram as suas exigências satisfeitas pela gestão da Galp até ao momento.

Com uma quota de mercado na área da distribuição superior a 35%, que lhe garante a liderança do mercado, a Galp é, através das refinarias de Sines e do Porto, a principal abastecedora das suas concorrentes mais directas, como a BP e a Repsol ambas, respectivamente, com uma quota de 20%.

http://economico.sapo.pt/noticias/greve-na-galp-pode-alastrar-aos-postos-de-combustivel_87235.html

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