O sindicalista Arménio Carlos não ficou surpreendido com as previsões do FMI para Portugal divulgadas esta quarta-feira e que falam num desemprego a rondar os 11 por cento ainda em 2010 e de 10,3 por cento em 2011.
Ouvido pela TSF, este dirigente da CGTP mostrou-se convencido de que o Governo vai ser obrigado a mexer no PEC depois deste anúncio, uma vez que o «desemprego não tem tendência para baixar, mas eventualmente para aumentar».
«Estas previsões justificam no mínimo que o Governo reflicta sobre o PEC que apresentou dado que se porventura não alterar um conjunto de medidas que anunciou o que se pode verificar a breve prazo é uma degradação da situação económica e social do país e particularmente uma degradação nas condições de vida das pessoas, particularmente dos desempregados», acrescentou.
Opinião semelhante tem o professor João Cantiga Esteves que entende que o PEC terá de ser revisto para que seja possível reduzir o défice para menos de três por cento do PIB em 2013, tendo lembrado que a solução do problema não passa pelo lado da receita.
«As receitas estão a cair e não há certezas que, mesmo aumentando taxas de impostos, a receita aumente. Tem, de haver uma contenção por parte dos custos. Sei que é difícil, mas continuo a achar que ir pelo lado das receitas é bastante arriscado», acrescentou este docente do ISEG.
Este professor de Economia indicou ainda que muitos acham que o actual PEC tem problemas do lado do crescimento e lembrou que este programa «está a ser monitorado com os dados que vão saindo», que «vão questionando cada vez mais o PEC».
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1549953
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