A chanceler alemã voltou, esta sexta-feira, a impor condições para emprestar dinheiro à Grécia, tendo Angela Merkel considerado que não há razões para pressa no pedido de ajuda formulado pelo governo de Atenas.
Merkel chamou ainda à atenção para o complicado processo de empréstimo na Alemanha e lembrou que a Grécia terá de apresentado um «plano credível de poupança a negociar entre a Grécia, a Comissão Europeia e o FMI».
Após estas negociações, a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI «terão de avaliar se a estabilidade do euro torna necessário implementar um programa de ajuda à Grécia».
«Só depois de cumpridos estes dois passos se poderá falar de ajudas concretas e sob o volume e as formas dessas ajudas», acrescentou Merkel, em declarações à imprensa.
A chefe do governo germânico indicou ainda que o contribuinte não irá ser sobrecarregado, uma vez que os oito mil milhões de euros que a Alemanha poderá emprestar sairão dos cofres de um banco estatal.
Apesar destas declarações, o ministro alemão das Finanças anunciou que iria analisar na próxima semana com a oposição a possibilidade de aprovar uma lei no parlamento que permita este empréstimo.
Entretanto, o presidente do banco central alemão já alertou para o perigo de outros países da Zona Euro serem arrastados na sequência deste empréstimo, sendo desejável que o FMI e a União Europeia tomem medidas preventivas.
Em Washington, Axel Weber confirmou que o «risco de contágio aumentou nas últimas semanas» e que muitos países «têm ainda défices públicos muito elevados».
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1551823
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