À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.

22/04/2010

Enfermeiros a «recibos verdes»

Na Administração Regional de Saúde do Algarve, os 30 enfermeiros, com contratos precários, a exercer funções em centros de saúde da região, quando esperavam ser efectivados, «aconteceu o pior», informou, dia 16, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), numa conferência de imprensa diante da ARS do Algarve, a quem solicitou uma reunião. A ARS fez novo concurso para trabalho temporário, tendo ganho uma nova empresa que propôs àqueles enfermeiros um contrato de prestação de serviços, a “recibos verdes”. «Os enfermeiros recusam assinar aquele contrato porque, além de ser ilegal, ele não reconhece o valor da profissão e não respeita os direitos consagrados na carreira de enfermagem», respondeu o SEP, salientando que, com aqueles contratos, continuará a haver enfermeiros com as mesmas funções e desiguais condições remuneratórias e de trabalho. Estes trabalhadores também ficam impedidos de frequentar importantes acções de formação, «porque não pertencem à instituição», relativas ao suporte avançado de vida e trauma, para unidades de saúde, ou à «Triagem de Manchester», consideradas pelo sindicato importantes para um bom desempenho profissional. Também serão sujeitos a uma rotatividade causadora da instabilidade nos serviços e comprometedora da sua qualidade.
O SEP considera que, «ou o secretário de Estado é incompetente, ou nos mentiu!», quando garantiu que os enfermeiros iam deixar de estar abrangidos por contratos de prestação de serviços.

http://www.avante.pt/noticia.asp?id=33362&area=4

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